O segundo dia da Mostra Curupira, realizada no Fundação Cultural do Pará (FCP) por meio do Núcleo de Oficinas Curro Velho (NOCV), ocorreu na sexta-feira (24) e discutiu com profundidade a biodiversidade amazônica e a urgência de despertar uma consciência ecológica mais ativa na população.
A programação da manhã abriu com a palestra “O incrível mundo dos insetos através da macrofotografia”, ministrada pelo biólogo e pesquisador César Favacho, destacando as espécies menores que fazem parte da teia da vida amazônica. À tarde, o painel “Animais como Personagens dos Quadrinhos”, com o artista Leonardo Dressant, provocou reflexões sobre como a cultura pop pode levar mensagens ambientais ao grande público. O dia foi encerrado com um cine-debate intitulado “As vítimas invisíveis da crise climática”.

Em suas declarações, Favacho ressaltou que unir arte e educação ambiental é essencial para que a mensagem sobre a preservação chegue a públicos diversos: “Esse tipo de evento que fala de biodiversidade é muito importante… essa interação entre arte e educação — é uma combinação muito boa”. Dressant, por sua vez, comentou que “precisamos esclarecer nossa população sobre essas questões, principalmente ambientais”, lembrando que elas estão presentes no cotidiano, ainda que de forma complexa.
A mostra, que vai até o dia 25 de outubro, reúne exposições, oficinas livres, rodas de conversa e cine-debates, sempre com entrada gratuita. O eixo temático “Defaunação Não, Refaunação Já” serve como provocação central para pensar o futuro da Amazônia a partir da arte e da participação coletiva.
Para quem deseja participar, a Mostra Curupira acontece no Núcleo de Oficinas Curro Velho, com programação durante o dia e atividades que se estendem ao fim da tarde. A iniciativa reforça o papel da cultura como mobilizadora da reflexão ecológica e evidencia que a arte amazônica tem lugar de protagonismo no diálogo sobre meio ambiente.
Imagem: Agência Pará









