Boa notícia na área da saúde: a Anvisa aprovou um novo medicamento que pode ajudar a desacelerar o avanço do Alzheimer em pessoas que estão nos estágios iniciais da doença. O nome dele é Kisunla, mas o princípio ativo é o donanemabe – um tipo de anticorpo que atua direto na raiz do problema.
O Alzheimer acontece, entre outras coisas, por causa do acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide no cérebro. Essas proteínas formam placas que atrapalham o funcionamento dos neurônios. O donanemabe age justamente aí, se ligando a essas placas e ajudando a eliminá-las, o que pode retardar a progressão da doença.
A eficácia do medicamento foi comprovada em um estudo com mais de 1.700 pessoas que estavam no começo do Alzheimer. Quem usou o donanemabe teve uma evolução mais lenta da doença em comparação com quem tomou placebo. A aplicação é feita por infusão a cada quatro semanas.
Mas vale o alerta: o remédio não é para todo mundo. Ele é contraindicado para quem usa anticoagulantes, como a varfarina, ou tem uma condição chamada angiopatia amiloide cerebral, que pode ser detectada por ressonância. E como todo medicamento, pode causar efeitos colaterais – os mais comuns são febre, dor de cabeça e sintomas parecidos com gripe.
A Anvisa informou que o medicamento será monitorado de perto, com regras específicas para garantir o uso seguro.
Hoje, o Alzheimer é a forma mais comum de demência em idosos e não tem cura. O tratamento no SUS é gratuito e inclui desde medicamentos até acompanhamento com profissionais de saúde. Mas o cuidado vai além dos remédios: o apoio de familiares e cuidadores é essencial para manter a qualidade de vida de quem enfrenta a doença.
