quarta-feira, agosto 27, 2025
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Obras literárias no vestibular: descubra estratégias eficazes de leitura

Educador ensina como organizar os estudos e como relacionar as leituras aos temas atuais, usando mapas mentais e contexto histórico para facilitar a compreensão e a memorização

Heloísa Noronha, colaboração para a CNN

Ler as obras literárias exigidas pelos principais vestibulares do país é mais do que uma obrigação: é parte fundamental da preparação dos candidatos que almejam uma vaga nas universidades mais disputadas. São cerca de 10 livros, em média, por instituição, com linguagem muitas vezes complexa e contextos históricos distantes da realidade atual dos jovens. 

Para tornar a leitura mais fluida, permitindo uma preparação menos “árdua”, é importante antes de tudo entender o contexto histórico e o cenário em que a obra foi escrita. “Não adianta apenas ler por ler. É preciso conhecer o momento histórico, os conflitos sociais da época e o que influenciou o autor”, recomenda o diretor-pedagógico da Rede Alfa CEM Bilíngue, Rafael Galvão.

Identificar temas e estilos é crucial: torna a leitura técnica e previsível nas questões, permitindo interpretar excertos e eliminar alternativas com segurança”, diz o educador. Para ele, é fundamental reconhecer as marcas de época, o tipo de narrador e os recursos literários utilizados, como metáforas e ironias.

Memorização e linguagem

Para o estudante não esquecer o que leu, o especialista recomenda duas ferramentas: fichamento e mapas mentais. “O mapa mental ajuda você a visualizar as conexões entre personagens, enredo e contexto histórico. É como criar um roteiro da obra”, compara.

Ele ainda sugere fazer leitura comparada entre autores da mesma escola literária e treinar com questões de vestibulares anteriores. A prática, conforme Rafael, é fundamental para não ser pego de surpresa na prova.

Obras mais antigas com linguagem antiga ou muito rebuscada podem ser consideradas um dos desafios nas leituras dos vestibulandos. Nesses casos, o recomendado é buscar o contexto e escola literária, construir um mini-glossário para identificar o significado de palavras que caíram em desuso. “Durante a leitura, parafraseie em ordem direta, siga conectivos, leia trechos em voz alta e marque duas ou três marcas de estilo/época no próprio excerto. Durante a prova, a dica é usar conectivos e a estrutura do texto para entender o sentido, mesmo quando algumas palavras são desconhecidas”, ensina o diretor-pedagógico da Rede Alfa CEM Bilíngue.

Conexão com o presente

Talvez a parte mais difícil seja conectar uma obra do século XIX com questões atuais – habilidade cada vez mais cobrada nos vestibulares. O educador sugere um exercício simples: para cada obra, escolha três temas atuais que se relacionem com a história. É importante fazer a ponte em dois passos: o que a obra mostra e como isso aparece hoje, citando um caso, dado ou uma lei recente.

Em seguida, use uma estrutura simples: tese clara somada ao exemplo da obra mais conexão com a atualidade e então uma conclusão breve, evitando anacronismos.

Com essas estratégias, ler obras literárias deixa de ser um obstáculo e se torna uma ferramenta poderosa para se destacar no vestibular. “O segredo está em transformar a leitura obrigatória em compreensão estratégica, algo que pode fazer toda a diferença na hora de conquistar a vaga desejada”, finaliza o educador.

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