O Pará segue se firmando como potência agrícola no Brasil, especialmente nas culturas tradicionais como açaí, cacau, mandioca, dendê e bubalinos, segundo o mais recente Calendário Agrícola Municipal (PAM) e a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, sistematizados pela Sedap-PA.
Em 2024, o estado produziu cerca de 1,61 milhão de toneladas de açaí, mantendo sua liderança nacional na cultura e concentrando mais de 90% da produção brasileira. Quanto ao cacau, o Pará também se destaca, com cifras próximas de 137,46 mil toneladas, com a região do Xingu sendo uma das mais produtivas.
O crescimento não acontece apenas em volume: há avanços visíveis em produtividade e valor agregado. Por exemplo, o Pará lidera mundialmente em produtividade de cacau em sistema agroflorestal (SAF), com médias superiores a muitos concorrentes internacionais. Além disso, o Estado investe em verticalização, certificação e agroindústrias. Um caso marcante é o município de Brasil Novo, no Xingu, que já conta com chocolateiras artesanais certificadas, agregando valor à amêndoa produzida localmente.

O crescimento está amparado por políticas públicas consistentes: assistência técnica, programas de fomento, monitoramento fitossanitário, registro de propriedades, iniciativas para mitigação de pragas e ampliação da infraestrutura no campo. Também há esforços na agricultura sustentável, como incentivos ao uso de sistemas agroflorestais, que promovem uma produção mais resiliente e amiga do meio ambiente.
Esse conjunto de fatores liderança em culturas tradicionais, crescimento de produtividade, políticas de fomento e agregação de valor faz do Pará uma referência nacional não apenas em produção, mas em agricultura estratégica sustentável, com impacto direto na economia estadual, no emprego rural e na segurança alimentar.
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