O empate em 2 a 2 com a Ferroviária, nesta segunda-feira, 20, em Araraquara-SP, trouxe mais do que um ponto: mostrou a fragilidade do Paysandu em momentos decisivos e escancarou o caminho difícil que resta na Série B. O Papão começou a partida com energia, virando o placar ainda no primeiro tempo, mas sucumbiu à própria postura defensiva na segunda etapa, permitindo que a Ferroviária igualasse e quase assumisse a vitória. A partida, lógico, teve a cobertura lance a lance da equipe dos titulares do esporte da Super Rádio Marajoara, em cadeia com a Rede Marajoara de Comunicação e o portal do Jornal A Província do Pará On-Line, patrocínio do sempre Avistão, 54 anos vendendo barato na esquina da economia Rua Manoel Barata com Padre Eutíquio no centro comercial de Belém do Pará, vendendo Móveis e Colchões em até 10X sem entrada, com entrega e montagem grátis.

A história do jogo, que valeu pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, se desenhou em dois tempos de contrastes. No início, a Ferroviária surpreendeu com um gol relâmpago de Carlão, aos dois minutos, deixando o Paysandu em alerta. A reação do time paraense foi rápida e eficiente: Thiago Heleno empatou aos 14, e Wendel Júnior, aos 28, virou o placar, mostrando que a equipe ainda tinha espírito de luta. Mas a virada veio acompanhada de um problema crônico: a tendência a recuar e esperar o adversário, postura que se tornaria fatal no segundo tempo.
Na etapa final, o Paysandu passou a jogar com linhas baixas, abrindo espaços entre defesa e meio-campo. A Ferroviária, percebendo a hesitação do rival, assumiu o controle do jogo, pressionou, criou oportunidades e encontrou o empate aos 21 minutos com Albano, em chute de fora da área que não deu chances ao goleiro Matheus Nogueira. A partir daí, o Papão lutou mais para resistir do que para vencer, deixando evidente que o medo de perder se sobrepôs à vontade de ganhar.

O empate mantém o Paysandu na lanterna, com 27 pontos, dez atrás do primeiro time fora da zona de rebaixamento, restando apenas cinco rodadas. A matemática é cruel, mas os sinais vão além dos números: a equipe demonstra dificuldade de administrar vantagem, falta de consistência emocional e insegurança tática, principalmente quando precisa segurar um resultado favorável.
O próximo compromisso, sábado, 25, contra o Avaí, em Belém, será um teste decisivo. Mais do que buscar pontos, o time precisará recuperar confiança, postura e equilíbrio emocional, elementos que se mostram tão essenciais quanto a técnica em uma luta que envolve sobrevivência no campeonato. Se a sequência final não trouxer mudanças, o rebaixamento será consequência natural de erros repetidos dentro e fora de campo.
Texto e edição: Roberto Barbosa/Imagens: Jorge Luís Totti/Agência Paysandu
