A Prefeitura de Marituba anunciou, na tarde desta quinta-feira (30), o cancelamento do concurso público da Guarda Civil Municipal, realizado em julho deste ano. A decisão foi comunicada pela prefeita Patrícia Alencar, que ressaltou o compromisso da gestão com a transparência e a segurança da população.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a prefeita explicou que a medida foi tomada após a Polícia Civil detectar um grupo criminoso tentando fraudar o resultado final do certame, por meio da venda de gabaritos.
“Foi detectado pela Polícia Civil um grupo de criminosos que tentavam fraudar o resultado final, fazendo assim a venda de gabarito. O Ministério Público, junto com a Polícia Civil, iniciou as investigações, às quais confiamos plenamente. Inclusive, parabenizo esses órgãos pela forma transparente como vêm conduzindo o caso”, afirmou Patrícia Alencar.
Segundo a gestora, os servidores municipais envolvidos no esquema foram exonerados, e a Prefeitura está colaborando com as autoridades, fornecendo todas as informações solicitadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
Operação “Gabarito Final”
O cancelamento do concurso ocorreu no contexto da Operação “Gabarito Final”, deflagrada também nesta quinta-feira (30) pela Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) da Polícia Civil. A ação cumpriu 40 mandados de busca e apreensão em residências de Belém e da Região Metropolitana, com o objetivo de apurar um esquema de fraudes no concurso da Guarda Municipal de Marituba.
De acordo com as investigações, candidatos e servidores públicos, incluindo agentes da Guarda Municipal do Estado, integravam uma associação criminosa que manipulava os resultados do certame. Durante as provas, eles teriam utilizado microaparelhos eletrônicos para receber respostas em tempo real, comprometendo a lisura do processo seletivo.
O delegado Joubert Cândido informou que o trabalho teve início a partir de denúncias anônimas, que resultaram na instauração de um inquérito e na coleta de provas por meio de inteligência policial. Foram apreendidos celulares e outros materiais que serão periciados para identificar as comunicações entre os suspeitos.
O delegado Mhoab Khayan, da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, reforçou que os dispositivos utilizados permitiam a transmissão de respostas durante a aplicação das provas, o que prejudicou a transparência e a igualdade entre os candidatos.
Prefeitura promete novo concurso
Em nota, a Prefeitura de Marituba informou que os servidores citados nas investigações não fazem mais parte do quadro municipal e que o conteúdo das apurações corre sob sigilo. A gestão garantiu ainda que um novo concurso será realizado, com total integridade e respeito aos direitos dos candidatos inscritos.
A Operação “Gabarito Final” segue em andamento com o apoio de diversas divisões da Polícia Civil, incluindo a CORE, a Divisão de Homicídios (DH), a Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e a Divisão de Repressão a Entorpecentes (Denarc). O objetivo é responsabilizar todos os envolvidos e assegurar que as próximas etapas do concurso ocorram com total transparência e segurança jurídica.
Reprodução/Prefeitura de Marituba


                                    






