terça-feira, abril 29, 2025
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Vítimas de trabalho escravo são resgatadas em MG; uma foi obrigada a tatuar iniciais dos patrões

Duas pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas na cidade de Planura, no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. A operação contou com a atuação conjunta da Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério Público do Trabalho (MPT). Uma das vítimas foi obrigada a tatuar as iniciais dos patrões no corpo, como forma de marcar “posse”.

Batizada de Operação Novo Amanhã, a ação aconteceu entre os dias 8 e 15 de abril, mas foi divulgada apenas nesta sexta-feira (25). A investigação começou a partir de uma denúncia feita pelo canal Disque 100, relatando sinais de trabalho forçado, cárcere privado, violência física, psicológica e até exploração sexual.

As vítimas resgatadas são um homem homossexual e uma mulher transgênero, ambos do Uruguai. De acordo com o MTE, eles foram aliciados por redes sociais, com promessas falsas de trabalho, moradia e acolhimento. Após chegarem ao local, foram submetidos a jornadas exaustivas, sem salário e vivendo em condições precárias.

Um dos casos mais graves é o de uma das vítimas que foi mantida por cerca de nove anos como empregado doméstico, sem qualquer registro na carteira de trabalho e sofrendo diversas formas de abuso. A outra vítima chegou a sofrer um AVC, possivelmente causado pelas situações de estresse extremo.

Três homens identificados como empregadores foram presos em flagrante e seguem no sistema prisional à disposição da Justiça. Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores e outros equipamentos eletrônicos, e as investigações continuam.

As vítimas estão recebendo atendimento médico, psicológico e jurídico através de clínicas especializadas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC).

Denúncias:

Qualquer pessoa pode denunciar casos de trabalho escravo e outras violações de direitos humanos, de forma anônima e gratuita, pelo Disque 100, disponível 24 horas por dia. Também é possível denunciar pelo Sistema Ipê, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Imagem: Reprodução Internet

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