sexta-feira, outubro 18, 2024
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Emater apoia agricultoras de Mojuí dos Campos na produção de alimentos para famílias

Com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Mojuí dos Campos, no Baixo Amazonas, 17 agricultoras entregaram alimentos produzidos por elas, atendendo famílias carentes, em mais uma etapa de execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A ação de entrega na zona urbana do município, aconteceu na quinta-feira (17).

As mulheres agricultoras vivem nas comunidades Terra Preta e Terra Preta dos Lúcios e fazem parte da Associação de Mulheres Agricultoras Familiares de Mojuí dos Campos (sem sigla), organização conhecida como “Flores do Campo”. 

Realizada de forma direta para as famílias carentes, dentro da Quadra Poliesportiva Nogueirão, no bairro Esperança, foi feita a entrega de mais de uma tonelada e meia de produtos como coentro, macaxeira e maracujá, em kits in natura, incluiu mais outros 23 agricultores fornecedores, vinculados à Cooperativa dos Agricultores Familiares de Mojuí dos Campos (Coofam) e moradores das comunidades Água Fria, Baixa D’água e Terra de Areia. 

Em Mojuí, o PAA realiza-se sob a parceria de Emater, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Prefeitura: “A Emater orienta os grupos, mobiliza, presta assistência técnica desde o plantio à comercialização, indica sazonalidade, safra, tradição; ou seja: participa de toda a dinâmica”, explica o chefe do escritório local da Emater em Mojuí dos Campos, o técnico em agropecuária Dalvair José Fima.

Conforme o especialista, ainda, a venda para o PAA chega a significar, para o agricultor familiar de Mojuí, um lucro de 100% em relação ao mercado típico, de negociação com atravessadores: “Fora a questão social de quem recebe: são pessoas em vulnerabilidade socioeconômica, com insegurança alimentar, que passam a dispor de alimentos saudáveis, gostosos, nutritivos”, detalha. 

Flores do Campo

A Associação exclusivamente feminina Flores do Campo reúne 46 mulheres entre 20 e 55 anos. A maioria ocupa o papel de chefe-de-família, é solteira e tem filhos pequenos. O atendimento da Emater na perspectiva de gênero impacta positivamente, segundo a presidente do grupo, Sileuza Nascimento, de 39 anos: “Quando uma mulher assume uma propriedade rural, recebe atendimento em seu nome, é documentada para as políticas públicas, passa a ter acessos e oportunidades, é uma mudança expressiva não só na vida dessa mulher, da família, mas também do cenário soecioeconômico e cultural”, define. 

Para a liderança, alguns desafios da realidade campesina para as mulheres, como baixa escolaridade e violência doméstica, sobretudo a psicológica, podem ser enfrentados com iniciativas de geração de trabalho e renda: “O que buscamos da Emater agora é mais proximidade, projetos que tragam tecnologia e recursos, porque o caminho é adaptar e inovar, considerando as transformações climáticas, por exemplo”, pontua.

Proprietária do Sítio José, na comunidade Terra Preta dos Lúcios e atendida pela Emater há mais de uma década, Nascimento, que é solteira e não possui filhos, cria galinha-caipira e planta laranja e macaxeira.  

Texto de Aline Dantas de Miranda

Fonte: agência Pará/Foto: Divulgação

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