Em pronunciamento divulgado nesta quinta-feira (9 de outubro de 2025), Khalil al-Hayya, figura de destaque dentro do Hamas, afirmou que o grupo e Israel “chegaram a um acordo para encerrar a guerra e a agressão contra nosso povo”. Ele declarou que o acordo inclui cessar-fogo sustentável, liberação de prisioneiros, retirada militar parcial de Israel e abertura da passagem humanitária entre Gaza e o Egito.
Segundo al-Hayya, mediadores internacionais entre eles os Estados Unidos ofereceram garantias de que o pacto seria respeitado e levaria ao término dos confrontos. Ele também mencionou a libertação de 250 palestinos cumprindo pena perpétua e de 1.700 pessoas detidas durante os dois anos de conflito.
O anúncio segue assinatura de uma primeira fase de cessar-fogo entre Israel e Hamas, intermediada pelo Egito, que prevê a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, retirada parcial de tropas e ingresso maior de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Desafios e ceticismo
Apesar do tom otimista do comunicado, há muitas questões ainda em aberto. A decisão de desarmar o Hamas, por exemplo, não foi detalhada. Também não está claro como será assegurada a retirada israelense sem retorno de hostilidades, ou quem supervisionará o novo cenário pós-conflito.
Analistas observam que acordos anteriores foram rompidos ou cumpridos parcialmente. A confiança entre as partes está profundamente abalada após anos de guerra, milhares de vítimas e destruição em Gaza.
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