Os alunos da Escola de Ensino Técnico (EETEPA) Vilhena Alves estão presentes no estande do Festival Internacional do Açaí Pará, promovido pelo Governo do Estado, com o produto BiofertAçaí que tem a finalidade de destinar, de forma adequada, os resíduos do açaí, auxiliando para uma agricultura de baixo carbono.
A elaboração e estudo do componente faz parte do projeto e é apoiado na ecoinovação e com o intuito de incorporar ações de sustentabilidade no ciclo de vida das pessoas, aliadas à educação na Amazônia.
Marina Gentil, estudante do curso técnico de Meio Ambiente e uma das responsáveis por apresentar o componente ao público, explica a importância e visibilidade de participar de um evento tão grandioso como esse.
“Muito do que aprendemos na Incubadora, conseguimos colocar em prática com a questão do biofertilizante e demais projetos, sendo uma matéria-prima nossa, da Amazônia, com fácil acesso aos recursos naturais. Tendo a COP 30 em vista, precisamos mesmo enaltecer o que podemos fazer de dentro pra fora”, disse Marina.
A produção do BiofertAçaí utiliza o método de fermentação natural, seguindo as diretrizes do Manual da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre biofertilizantes, resultando em um adubo orgânico líquido de alta qualidade, rico em nutrientes essenciais como Nitrogênio, Fósforo e Potássio (N, P, K).
A coordenadora do projeto Incubadora, Kátia Garcez, destaca a inovação e exemplo educacional que a participação da incubadora no Festival pode proporcionar ao Estado como um todo.
“Com a participação da Incubadora de Produtos e Serviços da Bioeconomia Amazônica e a parceria com o Museu do Açaí, o projeto destaca-se como um exemplo de inovação e educação profissional, abordando problemas de gestão de resíduos e agregação de valor à cadeia produtiva do açaí”, pontua.
O biofertilizante oferece uma série de benefícios ambientais e econômicos, uma vez que ao impedir que carbono seja liberado na atmosfera, o BiofertAçaí ajuda a combater as mudanças climáticas e promove a bioeconomia da Amazônia, além de contribuir para a preservação da floresta ao valorizar, economicamente, os resíduos do açaí e transformá-los em insumos valiosos para a agricultura.
Seu Olavo Moreira, corretor de seguros, é manauara e estava passeando pelo Festival quando avistou o estande e parou para conhecer mais o produto.
“Estou encantado com o quanto o açaí pode ser útil, além da parte de produção alimentar. Esse trabalho com biofertilizantes pode ser levado como técnica em outros setores e espero conhecer mais sobre o fruto”, disse o visitante.
O produto representa uma solução completa e sustentável, demonstrando como é possível aliar inovação tecnológica, preservação ambiental e desenvolvimento econômico na Amazônia.
Colaboração: Carla Couto – Ascom Sectet
Fonte: Agência Pará/Foto: Ascom Sectet