segunda-feira, março 10, 2025
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Marc Márquez supera irmão mais novo e vence abertura da temporada da MotoGP na Tailândia

O hexacampeão mundial Marc Márquez deu sequência ao seu início perfeito na Ducati e venceu o Grande Prêmio da Tailândia de MotoGP, neste domingo (2), terminando à frente de seu irmão mais novo, Álex Márquez, da Gresini.

Marc largou na pole position e começou muito bem, mesmo com as fortes condições de calor e humidade no Circuito Internacional de Buriram. No entanto, Álex, que iniciou na 2ª colocação, assumiu a liderança na 7ª das 26 voltas.

O piloto da Gresini lutou bastante, mas não foi páreo para seu irmão mais velho, que retornou à ponta a três voltas do fim de ganhou a prova de abertura da temporada pela primeira vez desde 2014.

O bicampeão Francesco Bagnaia, que é o novo companheiro de equipe de Marc na Ducati, fechou o pódio na 3ª posição.

“Ontem, eu estava feliz (com a pole position), mas hoje eu estou muito feliz”, festejou o ganhador.

“Isso é um sonho. Estou vivendo um início perfeito na minha jornada com a Ducati, e bem na Tailândia, aonde fui campeão pela última vez. E o melhor de tudo é estar aqui com meu irmão”, comemorou.

Agora, Marc Márquez já lidera o Mundial de MotoGP, com 37 pontos, seguido de Álex Márquez (29) e Francesco Bagnaia (23).

O multicampeão espanhol chegou agora a 112 pódios na maior categoria das corridas de motos, igualando o compatriota Dani Pedrosa, outra lenda da modalidade.

Com o início de mais uma temporada da MotoGP, a 76ª da classe rainha da motovelocidade, muitos recordes estão em jogo nas pistas. E em 2025 a expectativa é que imponentes marcas sejam superadas entre os 22 pilotos distribuídos pelas 11 equipes do grid.

E com a formação do chamado “Dream Team”, com Francesco Bagnaia e Marc Márquez juntos na equipe da Ducati, a tendência é que novos recordes sejam registrados na temporada. Incluindo o de maior número de vitórias de um único piloto ou até mesmo de um time presente no grid.

Mas para os mais “pessimistas”, a temporada de 2025 também pode até mesmo sinalizar o fim do “reinado” da fabricantes italiana, que de 2021 para cá sempre teve pelo menos um piloto no pódio da classificação ao final do campeonato mundial de motovelocidade.

Mais vitórias na temporada

Com uma disputa direta pelo título entre Pecco e Márquez se desenhando no grid em 2025, é bem possível que o recorde de vitórias em uma única temporada tenha um novo dono. Podendo ser o italiano, o espanhol, ou até mesmo alguma “surpresa” vinda de outra equipe.

E quem detém este recorde é o próprio Marc Márquez, que na temporada de 2014 venceu 13 corridas. E como em 2025 serão 22 circuitos, o que também é um recorde na MotoGP, o espanhol pode superar esta marca – ou ser superado.

Em 2024, mesmo sem o título, que ficou nas mãos de Jorge Martín, Bagnaia bateu na trave para superar a marca do agora companheiro na Ducati. Foram 11 vitórias em 20 GP’s disputados.

Somando o desempenho na classe rainha da motovelocidade, Pecco e Márquez têm 91 vitórias, sendo 29 para o italiano e 62 para o espanhol, que é hexacampeão do mundo na modalidade.

Marc Márquez e Francesco Bagnaia formarão ‘Dream Team’ pela Ducati na temporada de 2025 da MotoGP Mohd Rasfan/Getty Images

Mais vitórias de uma única equipe

O italiano e o espanhol também podem ser os responsáveis pela quebra de mais uma marca. Isso porque desde 2014, com Marc Márquez e Dani Pedrosa na Honda, uma equipe não consegue superar a dupla, que foi responsável por 14 vitórias naquela temporada.

Na ocasião, Márquez foi responsável por “90%” do recorde, já que venceu 13 corridas, enquanto o seu compatriota venceu apenas um GP. Juntos, superaram marca do campeão Casey Stoner (10) e do próprio Pedrosa (3), também pela Honda, em 2011, com 13 triunfos.

Em 2024, o recorde obtido pelo australiano em conjunto com o espanhol foi igualado por Bagnaia e Enea Bastianini na Ducati. Ou seja, a tendência é que uma nova marca seja enfim estabelecida.

O menor número de pilotos vencendo corridas

Com o provável domínio de Bagnaia e Márquez no grid pela Ducati, a temporada de 2025 pode ser a com o menor número de pilotos com pelo menos uma vitória ao longo do campeonato mundial.

O recorde atual é da temporada de 2012, vencida por Jorge Lorenzo, da Yamaha. Além do espanhol, que venceu seis corridas, apenas o seu compatriota Dani Pedrosa e o australiano Casey Stoner, da Honda, triunfaram ao longo dos 18 GP’s que aconteceram aquele ano.

A última temporada se aproximou desta marca, com apenas cinco pilotos vencendo durante todo o campeonato: o campeão Jorge Martín (3), Bagnaia (11). Marc Márquez (3), Enea Bastianini (2) e Maverick Viñales (1).

Temporada 100% vencida por um único fabricante

Com a Ducati dominando os últimos campeonatos, a expectativa também é de que, pela primeira vez na história, um fabricante vença 100% das corridas. Ou seja, com a possibilidade de que os vencedores dos 22 GP’s em 2025 usem motos da montadora italiana.

Quem chegou mais perto desta façanha foi a Honda, quem em 2003 teve 15 vitórias em 16 GP’s disputados naquela temporada, que teve a lenda italiana Valentino Rossi faturando o título após 9 vitórias. A única exceção foi Loris Capirossi, que venceu em Barcelona com a Ducati. Sete Gibernau (4) e Max Biaggi (2) completaram a lista para a fabricante japonesa.

Em 2025, além de Pecco e Márquez, Fabio Di GiannantonioFranco Morbidelli (ambos da VR46), Álex Márquez e Fermín Aldeguer (ambos da Gresini) também utilizarão motos da Ducati.

Francesco Bagnaia, Fabio Di Giannantonio e Franco Morbidelli são alguns dos pilotos que representarão a Ducati na temporada de 2025 da MotoGP Mirco Lazzari gp/Getty Images

Fim do domínio da Ducati?

Desde 2021 a fabricante italiana tem pelo menos um piloto no pódio. E apesar de improvável de que isso não volte a acontecer em 2025, a possibilidade sempre existe.

No ano passado, por exemplo, os três primeiros colocados do campeonato mundial correram com motos da Ducati: Jorge Martín (1°), Francesco Bagnaia (2°) e Marc Márquez (2°). E até mesmo Enea Bastianini, quarto na classificação.

O pódio 100% composto por motos da fabricante italiana também se repetiu em 2023, com Pecco (1°), Martín (2°) e Marco Bezzecchi (3°).

Já em 2022, foram “apenas” dois: o campeão Bagnaia, além do terceiro colocado no pódio, Bastianini. Somente o francês Fabio Quartararo, da Yamaha, quebrou a trinca.

Em 2021Pecco foi vice-campeão mundial pela Ducati, sendo o único representante da fábrica em Bolonha. Quartararo (Yamaha) foi o campeão, e Joan Mir (Suzuki) o  no pódio.

Já em 2020, sem a Ducati presente no pódio – o mais próximo foi Andrea Dovizioso, em  lugar -, o domínio foi da Suzuki, com Mir sendo o campeão, e Álex Rins em . O vice foi Franco Morbidelli (Yamaha). E, desde então, a fabricante italiana marcou uma forte presença em todas as temporadas subsequente.

Moto da Ducati usada pelo italiano Enea Bastianini na temporada de 2024 da MotoGP David Buono/Getty Images

Reprodução: espn.com.br

Foto destaque: Marc Márquez (dir) e Álex Márquez durante o GP da Tailândia de MotoGP EFE/EPA/RUNGROJ YONGRIT

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