quinta-feira, dezembro 18, 2025
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    Brasil quer resolver tarifaço no curto prazo, mas segue sem pistas sobre o que Trump pedirá

    Expectativa do governo é que reunião com americanos aconteça nos próximos 15 dias. Planalto não acredita que temas políticos mencionados em carta do tarifaço voltem à pauta.

    Por Ricardo AbreuGuilherme Balza, TV Globo e GloboNews — Brasília

    O governo brasileiro espera que a reunião com os americanos para discutir o tarifaço aconteça nos próximos 15 dias, em Washington.

    A expectativa é que participem do encontro o vice-presidente e ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    Alguns integrantes acreditam que a reunião de cúpula do clima, em Belém, pode inviabilizar um encontro na próxima semana.

    O governo ainda não recebeu dos americanos as contrapartidas esperadas para a negociação. A percepção no Planalto é de que americanos ainda não sabem claramente o que vão cobrar do Brasil, mas é certo que as demandas vão aparecer no encontro em Washington.

    Brics, terras raras e plataformas digitais

    Negociadores afirmam que, nas conversas de alto nível, os americanos não mencionaram pautas como terras raras e participação do Brasil nos Brics como algo a entrar no radar das negociações. O tema das plataformas digitais apareceu, mas de forma lateral, sem aprofundamento.

    Mesmo assim, os brasileiros apontam que entendem que Donald Trump vai querer se vender como vencedor, caso chegue a um acordo com o governo brasileiro para a retirada das sobretaxas de 40%.

    Por isso, a tarefa será buscar um entendimento e espaço para que os dois países possam sair contemplados.

    A leitura do Planalto é de que os americanos já reconheceram, na reunião presencial entre Lula e Trump, que os argumentos apresentados na carta de julho que motivaram as sanções ao Brasil não existem.

    “Se Trump se reúne com Lula e não menciona os termos da carta de julho, significa que esses tópicos estão fora da mesa da conversa”, avalia uma fonte do governo.

    Sobre Venezuela, o Planalto não descarta que tema possa voltar a ser ventilado nas próximas conversas com os americanos, mas reforçam que este não será um tema prioritário na reunião em Washington.

    “É um tema muito preocupante e traz consequências complicadas para a região, portanto não descartamos que volte a ser ventilado”.

     Foto: Divulgação/ Itamaraty

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