A menos de cinco meses da COP 30, a CEO da conferência climática da ONU, Ana Toni, e a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, participaram de uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º), em Belém, durante a abertura do Congresso Sustentável CEBDS 2025. O encontro apresentou as diretrizes que o Brasil pretende levar à cúpula, marcada para novembro na capital paraense.
Um dos principais anúncios foi a meta de apresentar, em parceria com a COP 29, um relatório com estratégias para mobilizar 1,3 trilhão de dólares voltados à transição energética em países em desenvolvimento incluindo o Brasil. “Não dá para preservar florestas e transformar a economia sem financiamento justo”, afirmou Toni.
Segundo ela, esta edição da COP será o momento de “transformar promessas em ação”, com foco nos governos subnacionais e no setor privado. A escolha da Amazônia como sede também tem peso simbólico. “Queremos mostrar que desenvolvimento e preservação caminham juntos”, declarou, destacando iniciativas como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
Já Marina Grossi apresentou 65 soluções empresariais escaláveis para áreas como reflorestamento, agricultura sustentável e transporte limpo. Ela destacou que apenas 16% dos recursos globais para o clima chegam aos países em desenvolvimento. “O Brasil tem soluções e custos mais baixos, mas precisa de parcerias internacionais”, pontuou.
A dirigente reforçou que a sustentabilidade deixou de ser um tema marginal no setor privado: “Hoje, 91% dos CEOs no mundo mantêm ou ampliam investimentos verdes. Sustentabilidade virou estratégia de negócios e vantagem competitiva.”
O Congresso, considerado um “esquenta” para a COP 30, reforça a mobilização nacional em torno da conferência, que tem Belém como palco principal de discussões globais sobre clima, bioeconomia e justiça ambiental.
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