Nesta sexta-feira (24), data que marca o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) reforça a importância de que crianças sigam sendo vacinadas contra a Poliomielite também chamada de paralisia infantil para que a doença permaneça erradicada no Brasil.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode se transmitir por contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas. Na maioria dos casos, os sintomas se assemelham aos de uma gripe ou infecção intestinal, mas em cerca de 1 % das infecções, especialmente em crianças com menos de 5 anos, o vírus pode atacar o sistema nervoso, provocar paralisia flácida permanente ou até levar à morte.
No Brasil, existem dois tipos de vacina contra a doença: a Vacina Inativada Pólio (VIP) aplicada por via intramuscular e a Vacina Oral Pólio (VOP), conhecida como “gotinha”. No entanto, a VOP já não faz parte do calendário básico do país porque, embora tenha sido fundamental para a erradicação da doença, usa vírus vivos enfraquecidos que, em áreas com baixa cobertura vacinal, podem gerar risco de mutação.
Mesmo com o Brasil sem circulação de poliovírus selvagem desde 1990 e com o último caso registrado no Estado do Pará em 1986, no município de Santa Isabel, a alerta permanece. A coordenadora estadual de Imunizações da Sespa, Jaíra Ataíde, destaca que a sensação de que “a doença não existe mais” é enganosa pois a baixa cobertura vacinal coloca o país em risco de reaparecimento. Atualmente, a cobertura no Pará está em 70,24 % para a VIP (meta: 95 %) e em 77 % para o reforço da vacina.
O esquema vacinal preconiza: 1ª dose da VIP aos 2 meses de idade, 2ª dose aos 4 meses, 3ª dose aos 6 meses, e o reforço aos 15 meses. Segundo a Sespa, a data serve para reforçar a conscientização e mobilização das famílias, comunidades e profissionais de saúde em prol da imunização infantil e da proteção coletiva.
Imagem: Agência Pará









