Professores da rede municipal de Ananindeua começaram nesta terça feira (8), uma paralização reivindicando várias mudanças na rede pública escolar, entre as principais está o reajuste do piso salarial, que se esperava ter sido aplicado a partir do dia 1 de janeiro deste ano, além de denunciar a precariedade das condições de trabalho, falta de concurso público e a retirada de direitos como a gratificação de nível superior, os educadores também exigem que se crie um plano de cargos, carreiras e Remuneração (PCCR) unificado.
A paralização teve início às 9h, os manifestantes se concentram em frente a sede da prefeitura, confirmada pela Coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), segundo a professora Gady Mabel, a paralisação também denuncia a falta de acompanhantes, de auxiliares de turma, falta de merendeira, de serviços gerais, a infraestrutura das escolas, além das condições de trabalho e superlotação de turmas que busca como um todo melhoria no sistema de ensino, na estrutura e no suporte que as escolas oferecem, ela expressou sua indignação que todos sentem com a falta de concursos públicos “ Porque a Ananindeua tem o maior percentual de servidores públicos , a gente sabe que esse número excedente de contratos acaba prejudicando o serviço público, porque não dá continuidade ao serviço oferecido” Gady explica que o contrato dura pouco tempo, e isso é diferente de um servidor público concursado, que vai ter um plano de carreira permanecendo na rede público, sem um fim contratual.
Jair pena um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (SINTEPP) a paralização é de 24 horas, se não houver acordo com a prefeitura, a categoria entrará em greve “a paralisação conta com a adesão de 70% de professores e profissionais da educação de Ananindeua, ou, o prefeito muda essa realidade com o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, ou nós iremos nos preparar para uma greve em Ananindeua” afirmou um dos diretores.
Um dos motivos da paralização também é o impacto na saúde dos profissionais da educação, eles relatam que existe muito afastamento por conta de problemas de saúde, tanto a mental quanto a física, pois há uma cobrança grade pelos familiares, gestores, coordenação, e da própria secretaria da Educação. “E aí cobra do professor, do aluno uma excelência pedagógica, que não é dado suporte e as condições de trabalho necessárias para que isso possa acontecer” afirmou Gady na manifestação, a paralização também busca reaver a retirada de direitos como a exclusão do pagamento da gratificação do nível superior.
Por: Thays Garcia