quinta-feira, fevereiro 13, 2025
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Empoderamento e conhecimento: Veja as paraenses que se destacam na ciência

Três jovens paraenses que inspiram a nova geração de cientistas e mostram que o futuro da ciência é delas

O Dia Internacional da Menina e Mulher na Ciência, no dia 11 de fevereiro, é uma data essencial para refletirmos sobre as desigualdades de gênero que ainda persistem, especialmente na ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática (STEAM). Apesar dos avanços, muitas mulheres e meninas ainda enfrentam obstáculos em suas trajetórias acadêmicas e profissionais, especialmente em regiões como o Norte do Brasil, onde a falta de acesso a oportunidades é uma realidade constante. No entanto, três jovens paraenses estão mudando essa narrativa. Geovana Sampaio, Maria Clara Vasconcelos e Isabella Fernanda não só conquistaram grandes feitos, mas também foram fontes de inspiração para outras jovens brasileiras. Elas são exemplos vivos de que, com dedicação, perseverança e apoio, é possível transformar desafios em conquistas.

Geovana Sampaio

Geovana Sampaio é uma jovem de 22 anos, apaixonada por política, comunicação e empreendedorismo, que encontrou nas simulações da ONU uma forma de expandir seus horizontes e atuar em prol de mudanças sociais. Desde os 13 anos, ela aprendia sobre soft-skills a partir da leitura de livros, mas foi somente aos 19 anos que pôde desenvolver essas habilidades de forma prática a partir do acesso a programas como as simulações da ONU, uma experiência que mudou sua vida. Com 21 simulações participadas, incluindo uma internacional organizada pela Universidade de Cambridge, Geovana se destacou em diversas iniciativas, como a co-fundação do Transform Education, ao lado do Instituto PanamMUN, e a conquista de prêmios como a medalha de cristal na Olimpíada Nacional de História Aberta para Todos ao lado do concurso cultural Embaixadora Por Um Dia da Embaixada Britânica, o qual foi finalista. Ela também foi a primeira paraense a ganhar o prêmio nacional “Mude o Mundo como uma Menina” e é conhecida por suas ações sociais, a mais recente, a I Edição da PanamMUN, organizada no Plenário da OAB-PA, com parceria da Escola Superior de Advocacia, da Comissão OAB-PA na COP 30 juntamente do instituto nacional Olympus MUN. Atualmente, a estudante também pesquisa  sobre o uso das simulações como uma forma de metodologia ativa no ensino de história como forma de não só legitimar essa prática acadêmica que vem crescendo no Brasil, mas também de democratizar o conhecimento ao seu funcionamento. Além disso, Geovana compartilha seu conhecimento nas redes sociais (@gegesampaiog), onde busca inspirar outras meninas a acreditarem em seu potencial e a conciliarem seus estudos com um estilo de vida saudável.

Maria Clara Vasconcelos

Maria Clara Vasconcelos, com apenas 16 anos, é um exemplo de como a busca incessante por oportunidades internacionais pode transformar a vida de uma jovem. Sua paixão por ciência e sua curiosidade pela dinâmica global começaram aos 15 anos, quando se iniciou nas Simulações da ONU inspirada pelo professor de geografia Reginey que a apresentou o perfil de Geovana Sampaio. Ela foi aprovada em programas de prestígio, como o programa de verão da Universidade de Oxford e o Medicine Summer Program da Universidade de Georgetown, ambas são oportunidades internacionais únicas que mudaram sua perspectiva sobre a educação. Para Maria Clara, as dificuldades enfrentadas por jovens nortistas em busca de oportunidades acadêmicas são uma realidade gritante. Ela ressalta a falta de recursos e de apoio à educação científica na região, que dificulta o desenvolvimento do potencial de muitos jovens. Maria Clara compartilha sua jornada de superação em seu Instagram (@claraavassconcelos_), onde incentiva outros estudantes a se organizarem melhor, desenvolverem suas habilidades e acreditarem em seus sonhos.


Isabella Fernanda

Isabella Fernanda, com apenas 13 anos, já conquistou impressionantes 107 premiações em Olimpíadas Científicas, sendo reconhecida por seu desempenho em áreas como matemática, física, química e astronomia. A paixão por essas áreas começou quando Isabella tinha apenas 8 anos e se inscreveu em sua primeira Olimpíada Científica. Desde então, ela tem quebrado recordes, incluindo o título de “Astronauta Análoga mais jovem do Brasil” e o recorde de maior número de premiações em Olimpíadas Científicas. Sua determinação e disciplina a levaram a se destacar, mesmo em uma região como o Pará, onde as oportunidades são mais limitadas. Ela acredita que a falta de acesso a programas de incentivo à educação científica é um obstáculo real para muitos jovens do Norte. Isabella usa suas redes sociais (@isabella.fernandagomes) para inspirar outras meninas a se envolverem com as áreas STEAM e transformar suas vidas por meio da educação. “A educação muda vidas e é através dela que vamos conseguir realizar nossos sonhos e transformar o mundo”, afirma. Sua mensagem de perseverança e superação é um exemplo para todos os jovens que buscam alcançar seus objetivos.

As trajetórias de Geovana Sampaio, Maria Clara Vasconcelos e Isabella Fernanda são testemunhos de superação e determinação, refletindo que, com coragem e resiliência, é possível vencer as barreiras criadas pela falta de acesso a oportunidades e alcançar grandes feitos. Mais do que suas conquistas individuais, essas jovens paraenses se tornaram símbolos de inspiração para outras meninas, não apenas no Pará, mas em todo o Brasil. Ao compartilhar suas jornadas e experiências nas redes sociais, elas abrem portas para um universo de possibilidades, demonstrando que o caminho para a ciência, o empreendedorismo e a liderança está ao alcance de todas que acreditam em seu potencial.

Maria Clara, por exemplo, encontrou na Geovana Sampaio uma fonte de inspiração e suporte. Em suas palavras, ela expressa a importância dessa rede feminina de apoio que não só fortalece, mas também motiva: “A Geovana foi uma das primeiras pessoas que me mostrou que eu poderia ir além e que a minha voz e minhas ideias realmente importam. Ela me inspirou a acreditar no meu potencial e me mostrou o que é possível conquistar com dedicação e coragem. A rede feminina de apoio é fundamental, pois, quando mulheres se ajudam, elas criam um ambiente onde todas podem crescer juntas. A minha jornada não seria a mesma sem essas mulheres que me apoiaram, é por isso que em meu perfil do Instagram divulgo sobre oportunidades extracurriculares, pois quero apoiar outras meninas, assim como um dia me apoiaram”.

É exatamente essa rede de apoio e a troca de experiências que as jovens paraenses defendem, incentivando meninas a se arriscarem, acreditarem em seus sonhos e procurarem o apoio necessário para superarem as barreiras impostas. Acreditar no potencial das jovens e ajudá-las a enxergar suas possibilidades é um passo fundamental para a construção de uma sociedade mais igualitária e transformadora.

Fotos: Divulgação

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