A segurança pública no Pará tem avançado. De janeiro a abril de 2025, o estado registrou uma queda de 46,2% nos roubos de celulares em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e mostram os efeitos de ações integradas e do uso de novas tecnologias no combate à criminalidade.
Foram 6.979 casos em 2025, contra 12.976 em 2022 ou seja, quase 6 mil roubos a menos. Em relação ao ano passado, a queda foi de 17%, e frente a 2023, a redução chegou a 30%.
Tecnologia como aliada da segurança
Entre os destaques está o uso do aplicativo IMEIGuard, ferramenta que permite a consulta imediata do número de identificação do aparelho (IMEI) durante abordagens policiais. Integrado ao sistema Alerta Celular Pará, ele cruza informações com bancos de dados de segurança pública, facilitando a recuperação de aparelhos roubados.
“O cidadão se sente mais seguro e a polícia atua com mais precisão. É um avanço que reforça o compromisso com a segurança”, afirmou o secretário Ualame Machado.
Roubos em geral também caem no estado
A queda no número de roubos não se limita aos celulares. O total de roubos registrados entre janeiro e abril de 2025 caiu 73% em relação ao mesmo período de 2018. Foram 10.614 ocorrências este ano, contra 39.103 em 2018 — quase 29 mil crimes a menos.
Comparado com os anos anteriores, a redução também é expressiva:
16% a menos do que em 2024;
28% a menos do que em 2023;
45% a menos do que em 2022.
Somente em abril deste ano, o Pará registrou 2.665 roubos — o menor número para o mês em toda a série histórica.
Investimentos e ações estratégicas
Além do uso da tecnologia, o Governo do Pará tem investido em infraestrutura e reforço policial. Novos totens de segurança estão sendo instalados em áreas de grande circulação, e novos concursos públicos estão em andamento para aumentar o efetivo.
“A redução dos roubos é um reflexo direto das medidas que estamos tomando. Queremos um Pará mais seguro para todos”, concluiu Ualame
Pará inicia escuta com povos tradicionais para construir política de preservação da floresta
O Governo do Pará lançou, nesta terça-feira (12), o plano de Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs), etapa decisiva para a consolidação da política estadual de REDD+ — mecanismo de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal. A iniciativa garante protagonismo a povos indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares na definição das regras e da repartição dos benefícios ambientais.
Mais de 30 consultas serão realizadas em todo o estado para ouvir os Povos e Comunidades Tradicionais (PIQCTAFs) sobre como devem ser aplicados os recursos gerados pela preservação da floresta, especialmente com a comercialização de créditos de carbono.
“Essa política precisa ser construída com quem cuida da floresta todos os dias. É um marco de escuta, participação e justiça socioambiental”, afirmou Raul Protazio Romão, secretário de Meio Ambiente.
A primeira consulta está marcada para os dias 28 a 30 de maio, em Castanhal, com comunidades extrativistas. O cronograma prevê encontros com indígenas em 12 municípios, quilombolas em 18, extrativistas em 6 e agricultores familiares em pelo menos 7 cidades.
A secretária dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, e outras lideranças participaram do lançamento, ressaltando que este é um momento histórico para garantir que os povos da floresta sejam ouvidos e respeitados.
A política de REDD+ permite que o estado acesse recursos internacionais por meio de créditos de carbono, os quais deverão ser reinvestidos em ações que preservem o meio ambiente e fortaleçam as comunidades tradicionais.
Imagem: Agência Brasil