A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França, encerrada nesta segunda-feira (9), teve como foco a diplomacia econômica, ambiental e cultural. Ao longo de seis dias, Lula percorreu quatro cidades, incluindo Mônaco, e participou de encontros com autoridades e empresários franceses.
Um dos principais frutos da viagem foi a promessa de R$ 100 bilhões em investimentos no Brasil até 2030, feita por um grupo de empresários franceses durante o Fórum Econômico França-Brasil, em Paris. O evento também discutiu a ampliação do comércio bilateral, hoje na casa dos US$ 9,1 bilhões. Lula propôs a meta de dobrar esse número nos próximos 10 anos.
Outro destaque foi o fortalecimento da articulação para a COP30, que acontecerá em Belém, em 2025. Brasil e França firmaram compromissos ambientais, como a criação de um Corredor Marítimo Verde e uma declaração conjunta para acelerar a ação climática. Lula também participou de eventos ligados à economia azul e à proteção dos oceanos.
Na área da saúde, foi celebrado um acordo entre a Fiocruz e o Instituto Pasteur para o desenvolvimento de vacinas e produtos laboratoriais. Já no campo da segurança, Brasil e França firmaram parcerias para o combate ao garimpo ilegal e ao tráfico humano na fronteira com a Guiana Francesa, além de novos acordos entre a Polícia Federal e a Gendarmeria francesa.
A viagem também teve forte peso cultural: Lula recebeu títulos honoríficos, participou da abertura do Ano Cultural Brasil-França e visitou exposições de artistas brasileiros na capital francesa.
Mesmo sem avanços concretos sobre o acordo Mercosul-União Europeia, o encontro entre Lula e Emmanuel Macron foi visto como uma tentativa de reduzir resistências francesas ao pacto comercial.
A passagem pela França ainda foi marcada por falas de Lula sobre os conflitos em Gaza e na Ucrânia, que geraram críticas pontuais na imprensa europeia. Apesar disso, especialistas avaliam que a viagem fortaleceu a imagem internacional do Brasil em temas estratégicos como clima, comércio e cooperação multilater
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