O Governo do Pará conclui neste final de ano uma importante etapa das obras de reestruturação da rodovia BR-316 para o funcionamento do BRT Metropolitano: a liberação das seis faixas de asfalto, sendo três no sentido entrada e três no sentido saída da cidade, além da faixa expressa de concreto. Toda a pista recebeu um novo sistema de drenagem antes da capa de asfalto nova e agora segue sem desvios ou máquinas na pista.
Após um período intenso com várias frentes de serviço trabalhando dia e noite para concluir esta importante etapa da obra, nesta quinta-feira (26), o governador Helder Barbalho libera as faixas para o livre trânsito. Os desvios, necessários para a execução das obras, não fazem mais parte do tráfego, fazendo com que os condutores possam seguir sem intervenções, com a redução do tempo de viagem, mais segurança com o trecho sinalizado, garantindo mais qualidade de vida às cerca de 2 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belém (RMB).
As obras seguem em outras etapas para finalização das calçadas, passarelas, terminais, estações, lançamentos de drenagem. Estas etapas já não interferirão diretamente no trânsito. “Seguimos trabalhando incansavelmente, com mais de 1.500 operários atuando nas obras, para que o sistema possa entrar em funcionamento para a COP 30”, garante o secretário de Infraestrutura e Logística, Adler Silveira.
Reestruturação – A BR-316, na Região Metropolitana ganhou, nos dois sentidos da via, mais de 20 quilômetros de asfalto dentro das obras de reestruturação da BR, executada pelo Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). O asfaltamento é um dos serviços mais importantes, pois impacta diretamente as cerca de 80 mil pessoas que trafegam por dia na rodovia, que em 40 anos nunca havia recebido um serviço desta grandeza.
A obra ocorre com a via em pleno funcionamento. Por isso, as faixas receberam a pavimentação gradativamente, mantendo de duas a três fixas liberadas para o tráfego de veículos, além das pistas expressas do BRT Metropolitano.
BRT Metropolitano – Estudos em cooperação com a agência japonesa Jica, que financia parte do projeto, revelam que o BRT é o sistema de transporte mais adequado para a RMB na comparação custo x benefício, levando em consideração sistemas implantados em cidades de outras regiões.
De acordo com o NGTM, o sistema BRT atende até 45 mil passageiros por hora a um custo médio de infraestrutura de 15 milhões de dólares por km. É o sistema mais barato para a demanda de médio porte. Outra tecnologia teria um custo muito alto para o poder público e para a população, pois não atenderia a demanda. Na Região Metropolitana de Belém, serão atendidos de 20 a 25 mil passageiros por hora, o que é totalmente adequado à tecnologia do BRT.
O sistema BRT vai operar com 40 ônibus elétricos, que serão utilizados exclusivamente no corredor expresso até São Brás, e 92 a diesel, com suspensão pneumática, portas nos dois lados e que vão fazer rotas até o centro da cidade de Belém. Todos os veículos poluem menos que os atuais que rodam na capital e terão ar condicionado.
Os usuários do Sistema Integrado podem sair de seus bairros em linhas alimentadoras que se dirigem até um dos terminais de integração, localizados na Rodovia BR-316, sendo um em Ananindeua (KM 6,5) e outro em Marituba (KM 10,7). No terminal, sem pagar outra passagem, o usuário pode passar para uma das 3 linhas troncais até o centro de Belém ou São Brás.
“Esta é a primeira vez que a BR-316 recebe um sistema de drenagem completo. São mais de 20 km de asfalto, 13 passarelas novas, estações de passageiros, ciclovia, calçada com arborização, será uma nova avenida. Nos terminais de Ananindeua e Marituba haverá uma Estação Cidadania, onde a população poderá ter acesso a diversos serviços”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Adler Silveira, titular do NGTM.
Fonte: Agência Pará/Foto: Bruno Cruz/Ag Pará