Brasilidade e tradição deram mais uma edição histórica ao festival
O João Rock chegou a sua edição de 2025 com uma proposta promissora: um palco totalmente dedicado à música preta. Liderado por Tony Tornado, Sandra de Sá e Seu Jorge, o Palco Brasil virou uma grande reunião de hits da black music brasileira.
Os três ícones da música tornaram o sábado (14) em Ribeirão Preto ainda mais especial, resgatando músicas consagradas que fazem parte da história da luta do movimento negro no Brasil. Sandra de Sá fez uma apresentação revigorante, enquanto Seu Jorge encerrou a noite no palco com um delicioso samba rock, mesmo depois de 30 minutos de atraso.
Já Tony Tornado, que se apresentou entre eles, mostrou toda a potência de seus 95 anos acompanhado do filho Lincoln, cantando clássicos próprios e também de Tim Maia, representado pela Banda do Síndico. E para além das músicas, houve ainda o aprendizado passado para artistas de outras gerações.
E por falar neles, o festival também viu seus demais palcos repletos de talentos mais jovens, como Drik Barbosa, Melly, Rincon Sapiência, Duquesa, entre outros nomes promissores da nova safra. Esse encontro de estilos e gerações foi um segundo acerto da edição, que mostrou que a música preta é diversa e segue em constante mudança, seja pelo trap de Kayblack ou pelo reggae do Natiruts.
Ainda sobre a nova geração, eles mostraram que sabem inovar estilos já estabelecidos sem deixar de homenagear os artistas e canções que os inspiraram no início de tudo. Muitos desses, inclusive, fizeram parte do line-up da edição 22 do evento, que recebeu mais de 60 mil visitantes.
Mesmo após mais de duas décadas, o festival João Rock mostra que ainda tem muito espaço para inovar. Com muito rock, mas também reggae, MPB e rap, o evento se consolida brasileiríssimo ao sempre acompanhar as tendências sem deixar de resgatar e eternizar o que a música nacional já nos proporcionou.
O repórter viajou a convite do João Rock