terça-feira, junho 17, 2025
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FPF e 18 federações exigem novo comando e fim da instabilidade na CBF

Pouco mais de 50 dias após ter sido reeleito por unanimidade, Ednaldo Rodrigues foi novamente afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em reação à instabilidade, 19 federações estaduais divulgaram ontem, quinta-feira, 15, um manifesto em defesa de uma chapa única para as novas eleições da entidade. Entre os signatários do documento está a Federação Paraense de Futebol – FPF, presidida por Ricardo Gluck Paul.

“Precisamos de um calendário equilibrado, arbitragem profissionalizada, gramados de qualidade, segurança nos estádios e competições fortalecidas. Para que isso aconteça, é fundamental garantir estabilidade institucional à CBF”, diz o documento.
“O cenário exige uma renovação de ideias, de práticas e de lideranças. A CBF precisa ser exemplo de governança, eficiência e transparência”, completam os signatários.

INTERVENÇÃO

A decisão de afastar Ednaldo Rodrigues foi tomada pelo desembargador Gabriel Zefiro, que também nomeou o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, como interventor responsável por convocar novas eleições “o mais breve possível”.

Embora ocupe a vice-presidência, Sarney é politicamente rompido com Ednaldo e não fez parte da chapa reeleita em março. Em nota oficial, ele afirmou que tomará todas as medidas administrativas e estatutárias necessárias para cumprir a decisão judicial, garantindo o funcionamento regular da CBF.

A decisão baseia-se em dúvidas sobre a legitimidade do acordo que permitiu a eleição de Ednaldo, especialmente quanto à assinatura do ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes (Coronel Nunes), no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público. Há suspeita de falsificação, já que Nunes estaria mentalmente incapacitado na época.

Supremo Tribunal Federal entra na discussão

O caso será novamente analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 28 de maio, na retomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7580. A ação questiona a competência do Ministério Público para firmar acordos com entidades esportivas, como o que garantiu a presidência de Ednaldo.

Histórico de instabilidade na gestão de Ednaldo

Desde sua posse em 2021 como interino, após o afastamento de Rogério Caboclo por denúncias de assédio, Ednaldo enfrentou diversas batalhas judiciais. Ele foi eleito oficialmente em 2022 e reconduzido ao cargo por decisão do ministro Gilmar Mendes, em janeiro de 2024, após uma liminar suspender seu afastamento anterior.

Em abril, buscou legitimar sua permanência ao negociar com clubes e federações uma nova eleição, firmando um novo acordo com o Ministério Público. No entanto, a disputa jurídica em torno da legalidade do TAC permaneceu. Agora, com o novo afastamento e a nomeação de um interventor, a CBF vive mais um capítulo de instabilidade em sua cúpula. A articulação das federações por uma candidatura de consenso sinaliza a tentativa de romper com o ciclo de disputas judiciais e políticas que têm marcado a entidade nos últimos anos.

RECURSO

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade. A decisão foi publicada na quinta-feira (15) pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, que nomeou o vice Fernando Sarney como interventor e determinou a realização de eleições “o mais rápido possível” para formação de nova diretoria.

No pedido, a CBF pede que o STF reconheça a ilegalidade da nomeação de Sarney como interventor da entidade e requer que a decisão do ministro Gilmar Mendes, que manteve os dirigentes eleitos da confederação, seja mantida.

“Não há dúvida, portanto, de que a manutenção dos efeitos da decisão impugnada comprometerá gravemente a autoridade do Supremo Tribunal Federal, instaurando um cenário de instabilidade institucional, quebra de segurança jurídica e descrédito das decisões desta Corte junto à comunidade jurídica nacional e internacional”, diz o pedido.

Da Redação com agências noticiosas

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