sexta-feira, novembro 22, 2024
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Japão atinge recorde de casos infecciosos por bactéria mortal

O Japão reportou ter atingido número recorde de infecções por uma bactéria mortal, causadora da síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). O motivo para o aumento de casos ainda é um mistério para os cientistas e gera preocupação, pois a doença apresenta uma taxa de mortalidade de até 30%.

Dados do Ministério da Saúde do país apontam que, neste ano, o Japão registrou 977 diagnósticos de STSS e 77 mortes pela doença até o último dia 2 de junho. O número de infecções é o mais alto desde 1999, quando o índice começou a ser contabilizado. No ano passado, o Japão identificou 941 casos e 97 mortes.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, mesmo recebendo o tratamento adequado o paciente infectado pode ir a óbito. A entidade alerta que “em cada 10 pessoas com STSS, até três pessoas morrerão” da doença.

Em geral, a síndrome do choque tóxico estreptocócico é causada pela bactéria streptococcus do grupo A (GAS). Ela ocorre quando o microrganismo se espalha pelos tecidos do corpo e pela corrente sanguínea do hospedeiro. Os sintomas mais comuns são febre, vômitos, dores musculares, inchaço e baixa pressão arterial, podendo causar também choque tóxico e falência múltipla dos órgãos.

Embora ainda estejam apurando a causa do pico de casos, pesquisadores acreditam que pode estar relacionada com a Covid-19. Na avaliação dos especialistas, as medidas de distanciamento social fizeram o número de infecções reduzir drasticamente. Esse período de afastamento pode ter enfraquecido o sistema imunológico das pessoas, visto que uma boa imunidade está condicionada à exposição a bactérias no dia a dia.

– Podemos aumentar a imunidade se estivermos constantemente expostos a bactérias. Mas esse mecanismo esteve ausente durante a pandemia do coronavírus. Portanto, mais pessoas estão agora suscetíveis à infecção, e essa pode ser uma das razões para o aumento acentuado de casos – ponderou o professor Ken Kikuchi, da Universidade Médica Feminina de Tóquio, em entrevista à emissora pública japonesa NHK.

Fonte: Pleno News/ Foto: Vecstock | Freepik

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