Depois de quase nove meses fora do planeta, os astronautas da Nasa Sunita Williams e Butch Wilmore participaram da primeira entrevista coletiva desde que voltaram da Estação Espacial Internacional (ISS). Durante a conversa com a imprensa, os dois garantiram que não estavam com pressa de retornar à Terra e que confiavam totalmente na equipe da Nasa para decidir o momento mais seguro para isso.
Eles chegaram à ISS em julho de 2024 e, apesar de inicialmente planejarem voltar antes, a Nasa optou por adiar o retorno. A agência avaliou que seria arriscado trazê-los de volta na cápsula Boeing Starliner e, por isso, decidiu incluir a dupla na rotação regular da tripulação. Assim, o retorno aconteceu na nave Crew-9, da SpaceX, ao lado de outros astronautas.
Suni Williams contou que estava tranquila, pois sabia que toda a equipe da missão estava focada na segurança. Já Wilmore destacou que qualquer astronauta da Nasa tomaria a mesma decisão, pois todos recebem a mesma preparação antes de ir ao espaço.
Durante a coletiva, os dois agradeceram por estarem de volta com segurança e elogiaram tanto a Nasa quanto a SpaceX. “É importante ter notícias sobre a exploração espacial”, disse Suni. Ela também comentou que se sentia honrada por participar da missão e revelou que a saudade da família foi um dos maiores desafios. Wilmore falou sobre como sua família já era preparada para a possibilidade de uma missão longa. “Essa não é uma profissão comum, e elas entendem isso”, disse sobre suas filhas. Suni também compartilhou um desejo simples que simboliza o retorno à vida na Terra: abraçar o marido e os cachorros – “não necessariamente nessa ordem”, brincou.
Ao todo, foram 286 dias no espaço. Por isso, assim que voltaram, passaram por avaliações médicas e começaram um processo de readaptação ao planeta. A dupla relatou que os exercícios na ISS foram essenciais para manter a saúde física. “Fiz mais exercício lá do que em toda minha vida”, contou Wilmore. Apesar das dificuldades e do tempo longe de casa, ambos garantiram que voltariam a voar com a cápsula da Boeing, destacando que o aprendizado com os problemas técnicos vai ajudar a melhorar futuras missões. “Ainda há muito o que aprender”, concluiu Butch.
Imagem: Divulgação Nasa