Apresentador, comunicador, radialista, youtuber, empresário e ex-governador, Carlos Santos lamentou a morte do apresentador Silvio Santos, ou Senor Abravanel. “O Brasil perde um ícone da televisão brasileira, um homem que foi além do seu tempo, como camelô, apresentador, comunicador, empresário que criou o Baú da Felicidade, banco, rede de televisão, rádio; um homem que inovou a televisão e até o jornalismo brasileiro”, disse o diretor-superintendente de A PROVÍNCIA DO PARÁ e que, por várias ocasiões, esteve reunido com Silvio Santos.
Para Carlos Santos, hoje, o Brasil fica mais triste. “A gente sabia da idade avançada; a gente sabia dos problemas de saúde. Ninguém é eterno, mas o legado de Silvio Santos o é. Ele não será jamais esquecido, afinal, escreveu seu nome na história da televisão brasileira”, acrescentou Santos ao lado da esposa, Aline Santos, administradora do Grupo Marajoara de Comunicação e que, nesta manhã, testemunhava quando o Programa Carlos Santos anunciava com tristeza, pela Super Marajoara AM 1.130 e Rede Marajoara de Comunicação o falecimento do icônico apresentador Silvio Santos que, nos bons tempos de Rede Tupi de Televisão e SBT chegou a comandar um programa que começava às 10h, com o Domingo no Parque, e terminava 22h com o quadro “Qual é a Músiva?”.
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Silvio Santos era carioca nascido no Rio de Janeiro como Senor Abravanel em 12 de dezembro de 1930, filho do casal Alberto Abravanel e Rebeca Caro. Ele se tornou um marco na história da televisão brasileira. Abravanel começou desde cedo a se envolver nos negócios para ajudar a família. Inclusive uma das fases mais conhecidas de sua vida é a de quando ele, ainda jovem, trabalhou como camelô nas ruas da capital carioca, vendendo capas para Títulos de Eleitor.
O nome artístico e hoje um dos mais famosos nomes, Silvio Santos, surgiu quando a carreira no rádio e televisão virou uma opção para o camelô aumentar seus lucros. E após isso, já estreou nas telinhas em 1962, no programa Vamos Brincar de Forca, na TV Paulista (hoje TV Globo São Paulo).
Em 1963, Silvio estreou o Programa Silvio Santos, que desde então está no ar no país. Silvio, na época, logo percebeu o sucesso da empreitada, e decidiu lutar para criar uma rede de televisão.
Um sonho que começou em 1976, quando o general Ernesto Geisel, um dos presidentes do período da ditadura militar, concedeu ao comunicador a TVS (TV Studios) do Rio de Janeiro. E, quase cinco anos depois, em 1981, Silvio Santos fundou o SBT.
Silvio Santos é um dos maiores nomes da comunicação, um dos maiores apresentadores, e já se envolveu na política ativamente, quando em 1989, na primeira eleição presidencial do Brasil após a ditadura militar, decidiu se candidatar ao cargo de presidente da República, no entanto com sua candidatura, o TSE recebeu 18 pedidos de impugnação da chapa de Silvio Santos, impugnação que ocorreu em 9 de novembro de 1989 quando o TSE declarou a candidatura de Silvio ilegal, por não respeitar os prazos previstos em lei.
No SBT, Silvio criou um jeito próprio de fazer televisão, dando pouco espaço para jornalismo, que já era comum em outras emissoras, e assim lançou nomes como Gugu Liberato, Celso Portiolli, Eliana, Maísa, Larissa Manoela, além de apostar em programas inovadores com auditório, seriados – exemplo o Chaves – e as novelas mexicanas.
A trajetória de vida do Silvio Santos, o Senor Abravanel, gerou o seriado O Rei da TV, e um filme que será lançado em 5 de setembro de 2024.
Silvio Santos morreu aos 93 anos, na madrugada deste sábado (17/8), após ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, deixando seis filhas, que vão continuar o legado do pai no comando do SBT.
As imagens mostram o empresário Carlos Santos, a esposa Dona Aline e o filho Carlos Alberto em encontros memoráveis com o apresentador Silvio Santos.
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Imagens: Acervo particular da família Carlos Santos
