Belém vai além dos rios urbanos e da selva: suas ilhas e praias fluviais têm ganhado cada vez mais visibilidade neste ano de preparação para a COP30, mostrando uma face da cidade que mistura natureza, cultura ribeirinha e turismo sustentável. Regiões como as ilhas insulares que compõem o município entre elas a Ilha do Combu e Cotijuba e praias menos exploradas ganham relevância no debate sobre turismo, infraestrutura e meio ambiente.
Na Ilha do Combu, por exemplo, vive uma comunidade tradicional que depende de sistemas alternativos de abastecimento de água, já que a maioria das residências não pode contar com a rede convencional da cidade continental. Esse cenário evidencia desigualdades que precisam ser resolvidas antes da conferência climática, mas também reforça o compromisso com projetos de desenvolvimento local sustentável.

Cotijuba, outra ilha protegida por Área de Proteção Ambiental, revela praias charmosas como Vai-Quem-Quer, Praia do Amor e Praia do Farol, que apesar de terem boa infraestrutura, ainda preservam muito de sua natureza original.
Os desafios são muitos: saneamento deficiente, falta de monitoramento constante da balneabilidade das praias fluviais e a necessidade de planos de manejo para garantir uso sustentável dos recursos naturais das ilhas. Por outro lado, há movimentações positivas como o incentivo ao ecoturismo, a oferta de roteiros que valorizam a cultura local, gastronomia ribeirinha e a bioeconomia, tudo isso em diálogo com moradores que vivem nessas regiões insulares.
Com a COP30 marcada para novembro, essas paisagens ganham ainda mais importância como parte do legado que Belém pretende deixar: não só como palco de debates internacionais, mas como cidade que inclui, protege e valoriza suas ilhas, praias e comunidades tradicionais preservando sua natureza e cultura enquanto avança em infraestrutura e direitos básicos.
Com informações e imagens Portal COP 30