No teste de antidoping pré-Olimpíada, o maratonista brasileiro Daniel Ferreira do Nascimento, de 25 anos, foi reprovado e não pode embarcar em direção à França para representar o Brasil nas Olimpíadas 2024. O exame detectou a presença indevida de drostanolona, metenolona e nandrolona, substâncias derivadas da testosterona. Em relação aos jogos olímpicos em Paris, o maratonista certamente não será o único a enfrentar esse obstáculo.
Em média, cerca de 2% dos atletas selecionados acabam não passando no teste antidoping, o que significa dois em cada 100 participantes. Portanto, a reprovação em testes antidoping é uma realidade que afeta um número significativo de atletas, independentemente de suas nacionalidades. É um tema sempre presente em eventos esportivos de grande porte.
No teste de antidoping pré-Olimpíada, o maratonista brasileiro Daniel Ferreira do Nascimento, de 25 anos, foi reprovado e não pode embarcar em direção à França para representar o Brasil nas Olimpíadas 2024. O exame detectou a presença indevida de drostanolona, metenolona e nandrolona, substâncias derivadas da testosterona. Em relação aos jogos olímpicos em Paris, o maratonista certamente não será o único a enfrentar esse obstáculo.
Em média, cerca de 2% dos atletas selecionados acabam não passando no teste antidoping, o que significa dois em cada 100 participantes. Portanto, a reprovação em testes antidoping é uma realidade que afeta um número significativo de atletas, independentemente de suas nacionalidades. É um tema sempre presente em eventos esportivos de grande porte.
O que é o teste antidoping?
O teste antidoping envolve a análise de amostras de urina e sangue para detectar a presença de substâncias proibidas que possam melhorar artificialmente o desempenho esportivo. As substâncias detectadas podem variar desde esteroides anabólicos, como os encontrados em Daniel Ferreira, até hormônios que aumentam a capacidade respiratória e a resistência dos atletas.
Como a inteligência artificial está revolucionando a detecção de doping?
A WADA (Agência Mundial Antidoping) está desenvolvendo novos métodos de testagem, contando inclusive com o auxílio da inteligência artificial (IA). A ideia é criar um modelo que analise padrões associados ao doping, aumentando a eficácia dos testes e tornando os jogos olímpicos ainda mais justos. Um exemplo notável é o trabalho do pesquisador Wolfgang Maaß, da Universidade do Sarre, na Alemanha.
Wolfgang Maaß está desenvolvendo um algoritmo de aprendizado de máquina capaz de detectar de forma mais eficiente a presença de eritropoietina, um hormônio que estimula a produção de hemácias, nas amostras dos atletas. Embora promissor, esse método ainda precisa de aperfeiçoamento, principalmente na obtenção de mais dados de qualidade.
Quais modalidades são mais afetadas pelo doping?
De acordo com pesquisadores como Jorge Domínguez Carrión e Millán Aguilar Navarro, algumas modalidades olímpicas são historicamente mais monitoradas pelos testes antidoping. Entre elas:
- Esportes de resistência aeróbica: Frequentemente associados ao uso de eritropoietina e outras estratégias que aumentam a capacidade de transporte de oxigênio do sangue.
- Esportes que exigem elevada concentração: Voltados para a utilização de medicamentos que reduzem a ansiedade, desatenção ou fadiga. O canabidiol (CBD) é um exemplo de substância que não reprova nos testes.
- Esportes de força e explosividade: Comum o uso de esteroides anabólicos androgênicos (EAA), que aumentam a massa muscular e a força.
- Esportes de contato: Hormônios do crescimento e glicocorticoides são preferidos devido à sua eficácia na recuperação de lesões.
O impacto da reprovação no teste antidoping para Daniel Ferreira
A reprovação de Daniel Ferreira no teste antidoping é um golpe duro para o atleta e para o Brasil. Ser excluído das Olimpíadas a poucos meses do início dos jogos devido a uma violação antidoping pode ter repercussões profundas em sua carreira e na percepção pública. Além disso, esse incidente serve como um alerta para outros atletas sobre a importância da adesão às normas antidoping.
O futuro dos testes antidoping em competições olímpicas
Embora as tecnologias atuais sejam eficazes, a inclusão de algoritmos de aprendizado de máquina e outras inovações promete tornar os testes antidoping ainda mais precisos. Com o avanço da inteligência artificial, espera-se que, nas próximas edições dos Jogos Olímpicos, esse tipo de infração se torne mais difícil de ocorrer sem ser detectada. O compromisso com a equidade e a justiça no esporte continua a ser uma prioridade essencial.
Com um acompanhamento rigoroso e tecnologias cada vez mais sofisticadas, a luta contra o doping busca preservar a essência do esporte e garantir um campo de jogo nivelado para todos os competidores. As Olimpíadas de Paris 2024 serão um teste não só para os atletas, mas também para a eficácia dessas novas tecnologias em manter a integridade do esporte.
Fonte: Terra Brasil Notícias/Foto: Braden Collum/Unsplash