sexta-feira, junho 20, 2025
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Murumuru chega à construção civil: Amêndoa é capaz de deixar concreto mais leve e resistente

Amplamente encontrado em terrenos alagados na região amazônica, o murumuruzeiro tem ganhado importante destaque, principalmente por seu potencial econômico. O óleo extraído das amêndoas de seu fruto transforma-se em uma gordura semissólida, denominada manteiga de murumuru, e muito utilizada na indústria de cosméticos para fabricação de sabonetes, cremes e xampus, por exemplo. Engana-se, entretanto, quem imagina que suas aplicações restringem-se a formulações ligadas ao mundo da beleza. É o que aponta uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Pará que testou as cinzas da casca do murumuru como componente de concreto estrutural.

Graduado em Engenharia Civil, Milleno Ramos de Souza foi quem conduziu o estudo que contou com orientação do professor Marcelo Rassy Teixeira e coorientação da professora Luciana de Nazaré Pinheiro Cordeiro. A pesquisa buscava uma solução voltada a minimizar o impacto ambiental decorrente da grande utilização do cimento no setor construtivo civil.

“O cimento hoje é o segundo elemento mais utilizado no mundo, fica atrás apenas da água. Popular na construção civil, é utilizado em larga escala, no entanto sua produção acarreta uma grande poluição ambiental, em virtude de a queima para sua fabricação lançar muito CO2 na atmosfera”, destaca o autor da dissertação Estudo da potencialidade da cinza da casca do murumuru, um resíduo agroindustrial amazônico como filler ao concreto estrutural.

Texto: André Furtado/Ilustração: Gabriela Cardoso/Beira Rio/UFPA

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