O Pará alcançou um resultado histórico na preservação ambiental: em agosto de 2025, os focos de incêndio florestal no estado caíram 90,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Enquanto em agosto de 2024 foram contabilizados 13.803 focos, este ano o número caiu para apenas 1.314, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) analisados pelo Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas).
A redução significativa é resultado do Programa Pará Sem Fogo, lançado pelo governador Helder Barbalho em 2025. O programa integra ações de prevenção e combate a incêndios florestais, combinando fiscalização, monitoramento tecnológico e campanhas educativas para a população.
Além disso, houve reforço nas operações de comando e controle, com atuação conjunta de órgãos estaduais e federais. As equipes realizaram patrulhamento em áreas críticas, identificaram focos de risco e atuaram rapidamente para evitar a propagação do fogo. Essas ações também contaram com a colaboração de comunidades locais, que desempenharam papel essencial na prevenção de incêndios.
A queda nos focos de incêndio não apenas protege a floresta amazônica, mas também garante a segurança e a qualidade de vida das populações ribeirinhas e das cidades próximas às áreas de preservação. Menos incêndios significam redução de poluição do ar, preservação da fauna e flora, e menor impacto nas atividades econômicas que dependem da floresta, como agricultura, turismo e pesca.
Especialistas destacam que o resultado é um indicativo de que políticas públicas bem planejadas e a participação ativa da sociedade podem trazer mudanças reais. “Com estratégias integradas e o engajamento de todos, é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental”, afirmou um representante da Semas.
A expectativa é que a tendência de redução de incêndios continue nos próximos meses, consolidando o Pará como referência em proteção ambiental na Amazônia. A experiência mostra que o combate ao desmatamento e às queimadas exige planejamento, tecnologia e conscientização, reforçando a importância de manter programas como o Pará Sem Fogo em operação contínua.
Imagem: Agência Pará