Compreenda o processo que levou ao regime autoritário, antes da chegada de Hitler à carga de chanceler.
Você sabia que o nazismo não surgiu de forma repentina ou inesperada? A ascensão de Adolf Hitler (1889-1945) ao poder em 1933 foi apenas o ponto culminante de uma série de eventos, além de condições sociais, políticas e econômicas que prepararam o caminho para o regime totalitário que dominaria a Alemanha e levaria à destruição em grande parte do mundo.
Ou seja, antes de Hitler ser nomeado chanceler, o nazismo foi se desenvolvendo de maneira lenta, mas constante, explorando as fragilidades de um país devastado pela Primeira Guerra Mundial e pela instabilidade política interna.
O que foi o Nazismo?
Os primeiros sinais do nazismo se tornaram evidentes em momentos-chave, como a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, a imposição do Tratado de Versalhes, que impôs duras retaliações ao país, e o fracasso da República de Weimar, que não conseguiu estabilizar a nação. Esses fatores geraram uma onda de frustração, revanchismo e desesperança entre os alemães, muitos dos quais foram em busca de soluções radicais.
A ascensão de Hitler não se deu apenas por sua habilidade como orador ou líder, mas também pela forma como soube explorar o mal-estar da população e manipular a crise para se tornar a figura central do movimento nazista.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) cresceu dentro de um contexto de grande instabilidade, promovendo um discurso nacionalista radical que apelava ao orgulho perdido da nação e prometia restaurar a grandeza da Alemanha, destruindo inimigos internos e externos.
A formação de grupos paramilitares, o uso estratégico de propaganda e a exploração da crise econômica como plataforma política se intensificaram a partir de 1919, com a fundação do Partido Nazista, até o momento decisivo em 1933, quando Hitler finalmente assumiu o poder.
Essa trajetória não deve ser vista apenas como o surgimento de um partido político, mas como a ascensão de um movimento capaz de explorar a fragilidade do sistema democrático e a polarização social da Alemanha pós-guerra.
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