sexta-feira, julho 11, 2025
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De acordo com cientistas, seres humanos envelhecem mais rapidamente em dois estágios muito específicos de suas vidas

O envelhecimento humano não é um processo longo, calmo e linear

Por Viny Mathias 

Existem momentos cruciais na vida, inclusive biologicamente falando. Crescemos e depois envelhecemos. E embora essa fase possa parecer um processo lento e linear, um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostra que, na realidade, existem dois momentos na vida de uma pessoa em que ela envelhece mais rapidamente.

Anos quarenta e sessenta, as décadas cruciais

estudo da Stanford Medicine destaca o fato de que muitas moléculas e microrganismos presentes no corpo humano aumentam e diminuem durante as décadas de 40 e 60. Essa observação foi feita por pesquisadores que estudaram amostras diversas de 108 adultos com idades entre 25 e 75 anos. Cada um deles forneceu 47 amostras ao longo de quase dois anos, permitindo aos cientistas coletar 246 bilhões de pontos de dados. Eles mediram diversas biomoléculas (RNA, proteínas, lipídios, microbiota) e observaram que 81% delas apresentaram mudanças repentinas entre os 44 e os 60 anos.

Envelhecimento que acelera de duas maneiras diferentes

A observação vai ainda mais longe: aos 44 ou 60 anos, certamente envelhecemos mais rápido, mas não da mesma forma. Por volta dos 44 anos, o corpo experimenta uma alteração no metabolismo de lipídios, cafeína e álcool, bem como alterações na pele, nos músculos e na função cardiovascular. Isso pode coincidir com a pré-menopausa em algumas mulheres, mas, como os homens também são afetados, não é a única explicação. Aos 60 anos, os rins, a pele, o metabolismo de carboidratos e a função imunológica estão no centro das mudanças biológicas. O desempenho interno despenca, levando a uma aceleração repentina dos riscos cardiovasculares, cognitivos e do sistema imunológico.

Isso pode parecer surpreendente, mas os pesquisadores acreditam que as amostras utilizadas neste estudo provavelmente não eram grandes o suficiente para obter os resultados mais precisos possíveis. No entanto, a importância dessas descobertas não deve ser subestimada, pois elas podem, em última análise, levar a melhores medidas de prevenção e intervenções em idades determinadas, com base no momento de declínios biológicos específicos. Isso já é o caso hoje para certas doenças, particularmente as crônicas, mas pode se tornar ainda mais preciso no futuro.

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