A Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio foi o grande destaque da terceira noite dos desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira, 05. O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, comemorou a homenagem ao artista, aos costumes e à cultura paraenses. Inclusive, fez uma postagem em seu instagram, antes de ir prestigiar o desfile realizado na Marquês de Sapucaí. Confira o vídeo no link: https://www.instagram.com/reel/DGzD6Z2x-YH/?igsh=N3ZrNXh5dXpuNWcy.
A Acadêmicos do Grande Rio convidou o público para um mergulho nas águas do Pará, com o enredo “Pororocas Parawaras – As águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”. O desfile mostrou o processo de formação da religião afro-brasileira Tambor de Mina, através da saga de três princesas turcas, que é narrada em terreiros paraenses e em músicas de carimbó.
Conta-se que Mariana, Jarina e Herondina foram embarcadas em um navio de guerra sob as ordens do pai, fugindo de conflitos religiosos. Durante a travessia atlântica, enfrentaram uma tempestade violenta que engoliu a embarcação. A comissão de frente da escola encenou o momento dramático: dançarinos em figurinos azuis fluidos simbolizaram o mar revolto e o tripé cenográfico teve uma parte desacoplada, para reproduzir o naufrágio.
O desfile da Grande Rio em 2025 também foi marcado pela despedida de Paolla Oliveira como rainha de bateria da escola. Fantasiada de Lua Encantada, a atriz sambou muito emocionada durante toda a apresentação.
A atriz Dira Paes e as cantoras Fafá de Belém e Naieme apareceram no carro abre-alas, representando as princesas turcas, transportadas pelas águas a um mundo mágico após a tempestade. A alegoria levou peixes e águas-vivas infláveis, que flutuaram sobre a avenida. Um dos balões despencou sobre a pista, e foi retirado pelos componentes da escola. A cantora Dona Onete, ícone da música da Amazônia, foi homenageada em uma das alas dedicadas ao carimbo, assim como Mestre Damasceno, ícone do carimbo marajoara.

OUTRAS
Ainda desfilaram Paraíso do Tuiuti e Mocidade Independente de Padre Miguel , em uma noite também marcada pela despedida de Paolla Oliveira como rainha de bateria da Grande Rio.
Nenhuma das escolas estourou o tempo, respeitando o máximo de 80 minutos. Na terceira noite da estreia do novo modelo de quatro desfiles por dia – antes, eram seis –, a Portela encerrou sua passagem pela Sapucaí às 4h41, antes do amanhecer.
A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu a terceira noite de desfiles apresentando um enredo sobre o futuro e a tecnologia.
Neste ano, a escola foi a primeira a não levar um tripé alegórico na comissão de frente. A apresentação contou com 5 painéis de LED, um humanóide gigante se movimentando numa coreografia precisa e cachorrinhos-robôs, que fizeram a alegria do público.
Com 3.000 componentes, o desfile levou à Sapucaí carros alegóricos com referências a aparelhos eletrônicos e à exploração espacial. Numa reflexão retrofuturista, uma das alas trouxe as visões de passado e futuro de “Os Flintstones” e “Os Jetsons”, duas animações dos anos 1960. A bateria mostrou a tradicional “paradinha”, cuja criação é atribuída a Mestre André (1932-1980), um dos fundadores da Mocidade.
Na avenida, a Verde e Branca também fez homenagens à carnavalesca Márcia Lage, que morreu aos 64 anos, em janeiro deste ano, vítima de leucemia. Ela assina o desfile ao lado do marido, Renato Lage.
A Portela se apresentou fazendo uma homenagem ao compositor, músico e cantor Milton Nascimento.
Da Redação de A PROVÍNCIA DO PARÁ/Imagens: Reprodução