O Pará deu um passo ousado em direção à bioeconomia sustentável com um acordo inédito com o Banco do Brasil. Assinado em Nova Iorque, o pacto prevê crédito sustentável de até R$ 500 milhões para impulsionar empreendimentos comunitários de bioeconomia e inovação em territórios prioritários como Marajó, Baixo Amazonas, Xingu e Tocantins.
A parceria vai além do financiamento: também contemplará oficinas de capacitação, oferecimento de assistência técnica, ativação de agentes de crédito nas comunidades, além de integração com o “Parque da Bioeconomia e Inovação da Amazônia”.
Para o governador Helder Barbalho, a iniciativa representa uma estratégia de transformação sustentável: “Unir a biodiversidade da floresta à geração de emprego verde é cuidar do meio ambiente, da economia e das pessoas ao mesmo tempo.” Já José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade do BB, afirmou que o banco tem “prazer imenso” em se envolver com a bioeconomia do Pará, apoiando cadeias produtivas locais e fortalecendo a conservação da floresta.
O acordo prioriza comunidades indígenas, extrativistas, quilombolas e ribeirinhas justamente aqueles que convivem cotidianamente com a floresta e podem transformar seu saber em negócio. É uma aposta na inovação com propósito, onde tecnologia, cultura e ecologia caminham juntas.
Este movimento ganha ainda mais peso às vésperas da COP30, que será em Belém. É um sinal de que o Pará quer protagonizar as soluções para os desafios climáticos não só em discurso, mas com ação concreta e investimento na base.
Imagem: Agência Pará