Com menos de 100 dias para a COP30, que será sediada em Belém, a primeira edição do Seminário RUMOS “O Turismo Pós‑COP30” reuniu especialistas, líderes comunitários e empreendedores nos dias 4 e 5 de agosto para discutir como transformar essa visibilidade em legado sustentável .
O evento, organizado pela Secretaria de Turismo do Pará (Setur), aconteceu no Hangar e reuniu mais de 300 participantes entre pesquisadores, gestores públicos e atores do trade turístico que debateram temas como turismo regenerativo, inclusão cultural e economia verde paraense .

A abertura contou com a palestra de Jaqueline Gil (UnB/Ex‑Embratur), que ressaltou que o turismo representa cerca de 8,8% das emissões globais de carbono e destacou a urgência de adotar práticas regenerativas na Amazônia. “A COP30 é uma oportunidade única para o Pará assumir protagonismo global no turismo sustentável”, afirmou .
Nos painéis seguintes, iniciativas locais ganharam destaque: iniciativas como Pará Birding Tour, focada na observação de aves, Espaço Aruna e Vivenciar Turismo compartilharam práticas de ecoturismo de base comunitária e valorização cultural da Amazônia, mostrando que o destino já tem exemplos concretos para liderar esse movimento .
Também participaram palestrantes como Marina Figueiredo (Braztoa), debatendo tendências de consumo consciente, e Caio Esteves, que abordou preocupação com foresight no setor. Sessões de oficinas abordaram elaboração de projetos, captação de recursos e gestão de convênios com órgãos públicos .
O seminário encerrou com a leitura da Carta do Pará para o Turismo Sustentável, documento que consolida diretrizes e compromissos para políticas públicas futuras, além do lançamento oficial do Selo Visit Pará, voltado à promoção de boas práticas no setor e à COP30 .
Por que vale a pena conhecer essa agenda?
O Seminário RUMOS é mais que um evento: é o ponto de partida para um modelo de turismo que respeita as florestas, comunidades e gera renda local.
Ele aponta para o futuro: o Pará sai da condição de destino turístico para assumir protagonismo na construção de uma economia verde.
Ao participar, políticas, projetos e iniciativas locais ganham força e passam a ter voz nos debates nacionais e internacionais.
Imagem: Agência Pará