sexta-feira, julho 26, 2024
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Superterça: Entenda importância deste dia para as eleições nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu grande rival, o ex-presidente Donald Trump, vivem uma atípica Superterça, o grande dia das primárias para as eleições presidenciais de novembro, na qual as indicações de ambos estão praticamente garantidas.

Biden não tem adversário nas fileiras democratas, porque é o presidente em exercício, enquanto Trump desfruta de uma vantagem incomum nas primárias republicanas, onde apenas a ex-embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, tenta enfrentá-lo, sem muito sucesso.

A Superterça é o dia em que a maioria dos estados vota para definir os candidatos presidenciais. Neste ano, serão 15 dos 50 que compõem o país, incluindo Califórnia e Texas, os maiores dos Estados Unidos.

Os eleitores democratas e republicanos também vão às urnas no Alabama, Arkansas, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Utah, Vermont e Virgínia.

Além disso, o Alasca também realiza as primárias republicanas e os democratas também votam no exterior e nos territórios da Samoa Americana e das Ilhas Marianas do Norte.

Estão, em jogo, mais de 35% dos delegados que se reunirão na convenção republicana em Milwaukee (Wisconsin) e na convenção democrata em Chicago (Illinois) para escolherem seu respectivo candidato à Casa Branca.

“IMBATÍVEL”
Tradicionalmente, a Superterça tem servido como ponto de inflexão no processo de escolha do candidato da oposição devido ao grande número de delegados distribuídos.

No entanto, Trump já chega hoje com o rótulo de imbatível, tendo vencido quase todas as disputas desde que as primárias republicanas começaram com o caucus de Iowa, em 15 de janeiro.

Todos os seus rivais já desistiram da disputa, exceto Haley, que só derrotou o magnata de Nova York nas primárias do Distrito de Columbia no final de semana passado, uma vitória com quase nenhum peso político.

Na verdade, a grande questão é se a candidatura de Haley sobreviverá à Superterça ou se ela se curvará à pressão crescente do seu partido e dos doadores para jogar a toalha.

Além disso, Trump vai às urnas com ânimo renovado depois da sua vitória judicial nesta segunda-feira (4), quando o Supremo Tribunal dos EUA derrubou a inabilitação da sua candidatura às primárias do Colorado, estado que também vota nesta terça (5).

A decisão, adotada por unanimidade, também pôs fim às tentativas de Illinois e Maine de retirar o ex-presidente republicano do processo.

Por sua vez, Biden venceu na Superterça de 2020 o seu então rival democrata, o senador Bernie Sanders, e quatro anos depois chega a esta reunião quase sem disputa interna.

Desde que as primárias democratas começaram, em 3 de fevereiro, na Carolina do Sul, Biden só perdeu dois delegados em jogo nas eleições internas no Michigan, onde foi organizada uma votação de protesto pela guerra na Faixa de Gaza.

Apesar da vantagem indiscutível, nem Biden nem Trump conseguirão conquistar matematicamente a nomeação nesta Superterça e terão de esperar mais alguns dias.

Nem mesmo no caso hipotético de ganharem todos os delegados em disputa, Biden ainda não chegaria ao número mágico de 1.968 que deve alcançar para ganhar a nomeação democrata, nem Trump alcançaria os 1.215 de que necessita.

*EFE

Fonte: Pleno News/Foto: Erin Schaff | EFE / EFE/EPA/JIM LO SCALZO

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