quarta-feira, junho 18, 2025
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Brasileiro preso no Irã relata medo e espera por repatriação: “Cada dia mais arriscado ficar aqui”

O carioca Antônio Guerra Peixe, de 68 anos, vive dias de tensão no Irã, aguardando ajuda da embaixada brasileira para conseguir deixar o país, que enfrenta uma escalada de bombardeios desde o início do conflito com Israel.

Treinador da seleção de handebol de areia do Irã, Antônio desembarcou em Teerã no início de abril, sem imaginar que logo viveria o impacto de uma guerra. “Estávamos no aeroporto prontos para embarcar quando escutamos uma explosão. Nosso voo foi cancelado e desde então estou isolado em um hotel”, contou.

Ele faz parte de um grupo de brasileiros que pede repatriação. Segundo a embaixada brasileira no país, há de 50 a 200 brasileiros vivendo no Irã, e cerca de dez já solicitaram retorno. A alternativa mais viável no momento seria uma evacuação via fronteira com o Azerbaijão.

Isolado em um hotel na região norte de Teerã, Antônio relata que a cidade está praticamente deserta. “Olho pela janela e não vejo ninguém na rua. O café da manhã já está mais simples, mas, por enquanto, não falta comida.”

O treinador afirma que mantém contato diário com a embaixada, mas teme pela demora no resgate. “Eles estão sendo muito gentis, mas sinto que está ficando mais arriscado a cada dia.”

De acordo com a ONG Human Rights Activists, mais de 580 pessoas já morreram no Irã desde o início dos ataques. Enquanto a repatriação não se concretiza, Antônio segue lidando com o medo e a incerteza. “A contrainformação também é uma arma de guerra. Todo mundo no Brasil me pede para sair, mas não é tão simples assim.”

Imagem: Reprodução

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