Ministro determinou que links de novas entrevistas e postagens do deputado licenciado sejam juntados ao processo para investigação
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “intensificou as condutas ilícitas” após a operação contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em despacho assinado neste sábado, o ministro determinou que os links de uma nova entrevista concedidas por Eduardo, assim como de publicações recentes nas redes sociais, sejam juntadas ao processo para investigação.
No X, o parlamentar fez referência a um ponto da investigação do plano de golpe sobre o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins para ironizar a suspensão do visto americano de Moraes pelo presidente norte-americano Donald Trump.
“Talvez o Moraes não sabe (sic) se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai!”, escreveu Eduardo. A suspensão do visto foi uma retaliação de Trump à operação contra Bolsonaro.
O outro link é de entrevista que Eduardo concedeu à CNN. O parlamentar disse que Trump “não recuará” sobre as sanções ao Brasil — como a tarifa de 50% a produtos brasileiros — e chegou a afirmar que as eleições de 2026 podem não ocorrer.
A terceira manifestação é a nota divulgada por Eduardo comentando a operação, em que ele chama Moraes de “ditador”, diz que o ministro fez Bolsonaro de “refém” e afirma que as decisões judiciais são “ações intimidatórias que não têm mais efeito”.
A CNN tenta contato com Eduardo Bolsonaro.
Operação da PF
Na sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes autorizou, a pedido da PF, operação para cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Jair Bolsonaro.
Na residência do ex-mandatário foram apreendidos um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil.
O magistrado também determinou a aplicação de medidas cautelares contra Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
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