Durante sua participação na 26ª Conferência Anual Santander em São Paulo, o governador do Pará, Helder Barbalho, lançou uma mensagem poderosa: os países do Norte Global, ou seja, as economias mais avançadas, precisam contribuir financeiramente para a preservação da floresta amazônica. Ele destacou que não basta apenas esperar que o Brasil mantenha suas florestas intactas é hora de construir justiça climática com ação e investimento real.
Barbalho chamou atenção para a desigualdade na responsabilidade ambiental. Segundo ele, “não é possível que eles queiram a Amazônia intocada sem pagar um centavo, transferindo ao povo brasileiro o sacrifício social que representa não produzir.” A mensagem foi clara: preservar deve valer mais do que destruir.
A proposta de Barbalho é ousada: transformar a Amazônia em um ativo econômico sustentável. Para isso, defende que pagamentos por serviços ambientais (PSA) sejam adotados como mecanismo de valorização da floresta viva. Diferentemente de uma simples obrigação moral, trata-se de um reconhecimento concreto do valor ecossistêmico da Amazônia e da necessidade de garantir renda para quem protege esses territórios.

Essa posição vai ao encontro de outro discurso de Helder em dezembro de 2023, durante a COP28 em Dubai, quando ele afirmou que a floresta deveria ser tratada como uma commodity global, capaz de gerar empregos verdes, biotecnologia e bioeconomia. “Belém será o grande palco…“ enfatizou, colocando a preservação no centro de uma nova economia sustentável.
Em eventos anteriores, como o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas em São Paulo, Barbalho também defendeu que o financiamento climático para a Amazônia priorize soluções baseadas na natureza, como restauração florestal e bioeconomia.
Imagem: Agência Pará