A Empresa de Assistência Técnica de Extensão Rural do Pará (Emater) elaborou, em agosto passado, 449 cadastros ambientais rurais (CAR) para agricultores familiares em todo o Pará, com destaque para municípios como Tailândia, na região do Tocantins, e Sapucaia, na região do Araguaia.
Sob a assinatura do órgão estadual de assistência técnica rural, o documento reúne georreferenciamento e informações sobre a situação ambiental de propriedades de pequeno e médio portes, sendo obrigatório para o acesso a políticas públicas do setor agrícola e fundiário, tal qual crédito.
“O Car transforma a vida do agricultor familiar paraense, porque registra e permite oportunidades. Essa inscrição é um direito pleno de cada família rural e um dever da Emater, na contemplação dos agricultores familiares. O documento é essencial para visibilidade, acesso e desenvolvimento das políticas públicas”, indica Andrio Cohen, engenheiro florestal especialista em Georreferenciamento e Assessoramento Remoto, do Núcleo de Geotecnologia, Diagnóstico e Rastreabilidade (NGDR/Labgeo) da Emater.
Desde o início do ano, os escritórios locais e os escritórios regionais já emitiram ou retificaram um total de 3 mil e 946 Cars. De acordo com os extensionistas de campo da Emater, a parceria com prefeituras e sindicatos de trabalhadores, entre outras entidades, costuma ser um dos aceleradores do processo.
“A convergência de atuação de diferentes entes do governo faz muita diferença. Aqui conseguimos cobrir presencialmente com o apoio das secretarias municipais, além de contarmos com a doação de mudas pelo Ideflor-bio [Instituto de Desenvolvimento Florestal]”, comunica o técnico em agropecuária Djavan Ulisses Farias, chefe do escritório local da Emater em Maracanã, na região Guamá.
Em agosto, a equipe da Emater elaborou 13 cars no município. A expectativa para os próximos meses é de pelo menos mais 159. Os resultados até agora representam mais do que o absoluto previsto no Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Proater) 2024, principal instrumento de gestão das atividades-fim da Emater.
No caso de Maracanã, a demanda vem em especial de plantadores de mandioca e hortaliças. Pelos dados do car, os projetos de atendimento direto consideram fatores como recuperação de passivo ambiental, com a implantação de sistemas agroflorestais (safs). Um dos modelos orientados consorcia açaí e ipê.
Imagem: Agência Pará de Notícias