Retração foi o Principal Fator para a Queda no Total da População Ocupada
Em janeiro de 2025, o Brasil registrou um recuo na informalidade no mercado de trabalho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento revelou uma tendência de queda no número de trabalhadores em situações informais, refletindo um movimento de maior formalização e estabilidade no mercado de trabalho, embora o cenário ainda apresente desafios. A redução da informalidade é considerada um dos principais indicadores de melhora nas condições de trabalho, uma vez que a formalização proporciona aos trabalhadores acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, férias, 13º salário e aposentadoria.
A pesquisa apontou que, apesar da diminuição na informalidade, o total de postos de trabalho no Brasil não cresceu de forma significativa. Isso se deve a uma série de fatores econômicos, incluindo a retração do crescimento econômico que afeta diretamente a geração de novos empregos formais. Segundo os dados do IBGE, o total de ocupados no país sofreu uma leve queda, o que é um reflexo das dificuldades que o país ainda enfrenta para retomar um crescimento sustentado e ampliar a criação de novas vagas de trabalho.
Embora a taxa de informalidade tenha diminuído em relação a meses anteriores, a evolução do mercado de trabalho formal continua a ser um desafio. A taxa de informalidade ainda se mantém em níveis elevados, o que indica que muitos brasileiros continuam em busca de alternativas de trabalho que não garantem os direitos previstos pela legislação. Isso reflete a fragilidade econômica que afeta as empresas e dificulta a expansão das oportunidades de emprego com carteira assinada.
Além disso, a queda no número de postos de trabalho também é influenciada pela retração econômica e pela instabilidade política, que fazem com que as empresas se mostrem mais cautelosas ao contratar, optando por reduzir custos e focar na manutenção dos quadros de funcionários existentes. As projeções para o futuro próximo não são totalmente otimistas, já que as incertezas sobre a recuperação econômica e as reformas necessárias para estimular o crescimento ainda geram um cenário de volatilidade no mercado de trabalho.
Para o trabalhador brasileiro, o recuo na informalidade é uma notícia positiva, pois reflete uma tendência de melhoria nas condições de trabalho, com a possibilidade de um número maior de empregos formais surgindo ao longo do tempo. Contudo, o caminho para a recuperação do emprego de qualidade ainda é longo, e o Brasil precisa enfrentar questões estruturais que dificultam a criação de empregos estáveis e bem remunerados.
O IBGE aponta que a recuperação do mercado de trabalho passa pela retomada do crescimento econômico, aumento na confiança dos investidores e uma série de reformas estruturais que incentivem a formalização e o aumento da competitividade das empresas brasileiras. Somente com essas mudanças será possível garantir um mercado de trabalho mais inclusivo, com melhores oportunidades para os trabalhadores e mais estabilidade econômica para o país.
Foto e Referência textual: Jucepa e Ana Monteiro
