sexta-feira, dezembro 6, 2024
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Múcio diz que militares presos não representam Forças Armadas

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que os envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado, que seria executada em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “não representam as Forças Armadas”. O chefe da pasta disse desejar que quem mancha o nome da instituição, se verdadeiro culpado, que seja punido.

– Não são pessoas que representam as Forças Armadas. Não estavam representando os militares. Estavam com os CPFs deles, isso foi iniciativa de cada um – afirmou Múcio a jornalistas nesta quarta-feira (20), no Palácio Itamaraty, na esteira da recepção do presidente da China, Xi Jinping.

– Eu desejo que tudo seja apurado, que os culpados sejam verdadeiramente julgados pela Justiça. Eu desejo, e as Forças também desejam, que verdadeiramente quem mancha o nome das Forças Armadas, se verdadeiramente for culpado, que seja punido – acrescentou.

A trama envolveria o assassinato do então presidente eleito, Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça (19), cinco suspeitos foram presos pela Polícia Federal (PF) por integrarem o grupo por trás do plano – que, pelas investigações, esteve prestes a ser efetivado em 15 de dezembro de 2022.

As investigações indicam que, mais de um mês antes, um documento no Word foi criado detalhando o plano. Um dos presos na última terça, Mário Fernandes, general reformado que foi secretário-executivo da Presidência da República e ex-assessor do ex-ministro e deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), é apontado como o responsável por imprimir o documento, intitulado “Planejamento – Punhal Verde e Amarelo”, nas dependências do Palácio do Planalto.

Além de Fernandes, um policial federal e três “kids pretos” – militares do Comando de Operações Especiais do Exército – também foram detidos.

O planejamento elaborado pelos investigados detalha os recursos humanos e bélicos que seriam necessários para colocar o plano em prática. O plano ainda envolvia a implementação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para gerenciar conflitos institucionais derivados do planejado golpe, indicou a PF.

*AE

Fonte: Pleno News/Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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