quinta-feira, novembro 21, 2024
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Raio-X pode ser resposta para proteger a Terra contra asteroides num futuro remoto e evitar o “fim do mundo”

Um novo estudo publicado na Nature Physics aponta que pulsos de raios-x de alta potência poderiam ser usados para proteger a Terra contra asteroides. A pesquisa conduzida por cientistas do Sandia National Laboratories (empresa dedicada a soluções de segurança nacional dos EUA) sugere que o método pode vaporizar partes dos asteroides e mudar sua trajetória para longe do nosso planeta.

PARA CONHECIMENTO:

Raios-x de alta potência podem ser usados para desviar a trajetória de asteroides para longe da Terra;

Cientistas do Sandia National Laboratories testaram o método para vaporizar parte de dois pseudo-asteroides de 12 mm em um sistema de vácuo;

Os raios fizeram com que as rochas liberassem uma nuvem de vapor e criaram uma onda de choque que empurrou os objetos;

A técnica mostra “uma maneira viável de se preparar para futuras missões de defesa planetária”;

O estudo foi publicado na Nature Physics.

No estudo, a equipe testou os raios-x para vaporizar parte da composição mineral de dois pseudo-asteroides com apenas 12 mm de largura cada. Os pesquisadores apontam que, se utilizada em uma escala maior, a técnica poderia deslocar asteroides para que, em vez de atingir diretamente a Terra, passassem deslizando ao redor do planeta.

A pesquisa parte do fato de que, quando a luz solar aquece um cometa, parte dele se transforma em gás, e à medida que esses gases se afastam do cometa, exercem uma força sobre o núcleo que faz com que a trajetória dos corpos celestes seja alterada. Com o raio-x direcionado a áreas estratégicas, essa mudança de percurso pode ser controlada.

Com os dois pseudo-asteroides suspensos no vácuo, a equipe da Scania usou o Z – maior dispositivo de energia pulsada atualmente – para criar um pulso de raios-x de 1,5 Megajoule. Quando aplicados às rochas, elas esquentam tanto que liberaram uma nuvem de vapor e criaram uma onda de choque que empurrou os objetos.

Apesar de serem compostos por substâncias diferentes (um de quartzo, o outro de sílica fundida), os dois asteroides atingiram acelerações quase idênticas, de 69,5 e 70,3 m/s respectivamente, ultrapassando todas as expectativas e mostrando “uma maneira viável de se preparar para futuras missões de defesa planetária”, como escreveu a equipe no artigo.

Fonte Olhar Digital/Imagem: Mikael Damkier – Shutterstock

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