O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado no último sábado (4) devido a um quadro de erisipela. Para muitos, o nome da infecção é desconhecido, e o Pleno.News esclarece o que está por trás da doença, que já acometeu o líder político duas vezes.
A erisipela é uma infecção aguda causada por uma bactéria chamada estreptococos, que acomete a derme e a epiderme, ou seja a pele e seus tecidos superficiais. Entre os sintomas mais comuns estão febre, dor, inchaço, coceira, manchas vermelhas, bolhas, calafrios, ínguas e queimação na pele.
A bactéria penetra na pele do hospedeiro por meio de feridas, micose nas unhas, picada de inseto, cortes cirúrgicos, alergia, entre outras portas de entrada.
Muitos possuem dúvidas se a doença é ou não contagiosa, mas a doutora Clívia Oliveira Carneiro, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que trata-se de uma infecção não contagiosa. Isso porque, como já dito, é necessária alguma lesão para que a bactéria entre.
Carneiro, porém, reconhece que há raros casos em que o estreptococos passam de uma pessoa para a outra. Para isso, seria necessário que o indivíduo estivesse lesionado, tivesse contato direto com a região infectada e fosse imunossuprimido.
O tratamento da erisipela é feito por meio de antibióticos e pode durar de sete a 14 dias. Em alguns casos, a limpeza da pele também se mostra necessária para reduzir inchaços.
RISCOS E PREVENÇÃO
Em geral, quando o diagnóstico é feito no início, a infecção não gera complicações. Entretanto, se não tratada, ela pode evoluir para ulcerações, abscessos e trombose. Em casos de surtos repetidos, pode ser gerado um linfedema, ou seja, um inchaço persistente que geralmente afeta e perna e o tornozelo.
No grupo de risco, estão pessoas com varizes, diabetes, obesidade, ou que fazem tratamentos imunossupressores, como quimioterapia.
A dica para prevenir casos da doença é manter as mãos e os pés secos, limpos e sem rachaduras; tratar as frieiras e lesões na perna; e evitar permanecer por tempo prolongado de pé.
Fonte: Pleno News/Foto: EFE/ Andre Borges