Os Estados Unidos enviaram um submarino da Marinha do país à Baía de Guantánamo, dias após a chegada de uma frota naval russa à ilha para a realização de exercícios militares no Oceano Atlântico. Segundo o Comando Sul dos Estados Unidos, o USS Helena, um submarino de ataque rápido com propulsão nuclear, está na região “como parte de uma visita de rotina ao porto” e a “localização e o trânsito da embarcação foram previamente planejados”.
Cuba fica apenas 144 km do território americano e é novamente palco de demonstrações de força entre EUA e Rússia diante do aumento das tensões entre os países devido à guerra na Ucrânia.
Dois navios de guerra destróier da Marinha dos EUA também têm rastreado os exercícios russos, que, segundo autoridades do Pentágono, não representam uma ameaça ao país.
“Claramente, isso é um sinal de descontentamento deles em relação ao que estamos fazendo pela Ucrânia”, disse John Kirby, coordenador de Comunicações de Segurança Nacional da Casa Branca ao canal CBS. “Vamos observar, vamos monitorar, isso não é inesperado. Os EUA não têm indicação nem expectativa de que armas nucleares serão utilizadas nesses exercícios ou estejam nessas embarcações”, ressaltou.
CRISE DOS MÍSSEIS
Em 1962, durante a Guerra Fria, uma crise entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética deixou o mundo à beira de uma guerra nuclear.
A descoberta de que mísseis nucleares soviéticos estavam sendo instalados em Cuba, a 144 km do território norte-americano, foi o estopim da crise, que durou 13 dias e só terminou quando o líder soviético Nikita Khrushchev concordou em retirar os mísseis em troca da promessa de que os EUA não invadiriam a região e removeriam seus mísseis nucleares da Turquia.
O episódio marcou um ponto crítico da Guerra Fria e ficou conhecido como Crise dos Mísseis.
Imagem: Ariel Ley/Reprodução