Nesta última terça-feira (6), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) enviou ofícios ao Google e à Apple solicitando o reforço na segurança dos usuários que acessam aplicativos de emails em dispositivos móveis. A ação foi conduzida pelo secretário-executivo da Pasta, Manoel Carlos de Almeida Neto, como parte do programa Celular Seguro, que visa combater o roubo e furto de aparelhos telefônicos.
– Um dos focos prioritários do Ministério é a proteção do cidadão que tem no telefone móvel uma extensão de sua vida particular, financeira e social. Hoje, a primeira ação de um assaltante após o roubo é tentar encaminhar ao email da vítima um link de recuperação das senhas dos aplicativos bancários. Aí há uma lacuna de proteção, já que o email não pede senha adicional ou biometria, como os aplicativos financeiros – explicou Manoel Carlos.
O secretário-executivo destacou a importância de expandir as parcerias, citando como exemplo a colaboração com o Google, que se iniciou após uma reunião com Markham Erickson, vice-presidente de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa. Essa parceria levou o Google a escolher o Brasil como local para lançar novas tecnologias voltadas ao combate ao roubo e furto de celulares com o sistema Android.
Ainda segundo o secretário, as quadrilhas, principalmente em grandes centros urbanos, não visam apenas revender os aparelhos roubados, mas estão focadas em acessar as senhas das vítimas para utilizar aplicativos bancários, financeiros e de comércio eletrônico.
Dados da pasta apontam para o fato de que, comumente, os criminosos exigem que a vítima entregue o celular desbloqueado, permitindo que eles acessem os dados do dispositivo. O foco principal está na recuperação de senhas através dos aplicativos de email, como Gmail (Google) e Mail (Apple), que carecem de camadas adicionais de proteção, como senha ou biometria.
Essa vulnerabilidade possibilita que os criminosos recuperem, furtem e alterem senhas, utilizando os aplicativos de email abertos para realizar movimentações financeiras, compras em plataformas de e-commerce, transações em companhias aéreas e outros que possam aumentar os lucros com as atividades ilícitas.
Fonte: Pleno News/Foto: Torsten Dettlaff/ Pexels