Em uma ação conjunta envolvendo a Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará (Semas), diversos órgãos ambientais e instituições não governamentais, dois filhotes de peixe-boi resgatados no oeste do Pará foram encaminhados para reabilitação. Os mamíferos aquáticos receberão os cuidados necessários para se recuperarem e, futuramente, serem reintegrados à natureza.
“Nós fomos até o Hangar do Graesp em mais uma missão de transporte de filhotes de peixes-boi, em parceria com o Instituto Bicho d’Água, Ibama, IcmBio e secretarias municipais de Meio Ambiente. Esse resgate foi de um animal da Flona do Tapajós e outro de Monte Alegre, a Semas atua trabalhando nas tratativas com os nossos parceiros, escolhendo os locais mais adequados para receber esses animais, para terem todo o cuidado e o bem-estar e possam se reabilitar e serem devolvidos à natureza”, destaca Talita Praxedes, a gerente de Fauna Aquicultura e Pesca da Semas.

Os dois filhotes de peixe-boi resgatados recentemente no oeste do Pará elevam para 12 o número total de resgates no primeiro semestre de 2025. Esse dado preocupa especialistas, já que a espécie está vulnerável à extinção.
“Esse é um número muito alto para uma espécie ameaçada de extinção. É o trabalho que o Bicho D’água faz para a conservação desses animais, uma espécie que está vulnerável à extinção”, explica Renata Emin, Presidente do Instituto Bicho D’água.
“O filhote vindo de Monte Alegre apresentava um ferimento no olho esquerdo ocasionado por uma farpa . A suspeita é de que tenha sofrido um ato de crueldade por ação humana, por sorte não houve dano ao globo ocular porém, uma avaliação mais detalhada será realizada no instituto Bicho d’água”, detalha Talita Praxedes, da Semas.
A operação de resgate dos filhotes de peixe-boi foi uma ação integrada e fundamental para a proteção da fauna paraense. Ela contou com a participação da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará (Semas), através da Gerência de Fiscalização de Fauna e Recursos Pesqueiros (GEFAU) e da Gerência de Fauna, Flora, Aquicultura e Pesca (GEFAP).
Além da Semas, a força-tarefa envolveu importantes parceiros como o ICMBio (Unidade Santarém), o Instituto Nhamundá, o Instituto Bicho D’água, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (por meio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública – GRAESP), o CETRAS/UFRA e o Ibama. Essa colaboração entre diferentes órgãos e instituições foi crucial para o sucesso do resgate.
Foto: Izabela Nascimento – Semas