Com a aproximação da COP30, o Pará intensifica ações para consolidar-se como destino turístico estratégico da Amazônia. No Dia Mundial do Turismo, celebrado em 27 de setembro, o estado divulgou que vem investindo em infraestrutura, qualificação profissional e promoção internacional para alavancar o turismo alinhado ao desenvolvimento sustentável.
Entre os avanços mais visíveis estão as obras do Parque Linear da Doca, do Porto Futuro II e do Parque da Cidade, que estão remodelando espaços urbanos em Belém para atrair visitantes com qualidade. A capital também passa a contar com sinalização turística bilíngue, facilitando o trânsito de turistas estrangeiros no município.

No setor aéreo, uma novidade que promete ganhar projeção é a implementação da rota Belém Bogotá, pela Avianca, prevista para começar a operar em 27 de outubro. Isso vai conectar o Pará a um dos principais hubs da América Latina, reforçando o protagonismo do estado no cenário internacional.
Para que a experiência dos turistas seja qualificada, o governo estadual tem investido em formação de profissionais nos nichos de observação de aves (birdwatching) e condutores de trilhas ambientais. Essas modalidades têm tendência de crescimento dentro do turismo ecológico e cultural. O Pará possui destinos já consolidados para ecoturismo, como Alter do Chão, o arquipélago do Marajó e regiões da Calha Norte, que combinam natureza intacta com cultura ribeirinha e indígena.
Unidades de conservação como o Parque Estadual do Utinga, Serra dos Martírios/Andorinhas, Monte Alegre e o Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia também estão sendo valorizadas como atrativos turísticos que devem crescer em demanda.

Também chamou atenção a participação intensa da Setur nos eventos de turismo nacionais e internacionais: nos primeiros nove meses de 2025, o Pará esteve presente em feiras como WTM LA, ABAV Travel SP, Expo Turismo Paraná e outras, com o objetivo de promover o estado e atrair parcerias e investidores.
O turismo sustentável no Pará se conecta diretamente à lógica da COP30: não apenas como vitrine de políticas ambientais, mas como instrumento de geração de renda local, valorização cultural e preservação ambiental. Com projeções otimistas, o estado espera um aumento de cerca de 20 % nos visitantes em 2025, e a expectativa é que o evento climático atraia 1,5 milhão de pessoas durante o ano.
Imagem: Agência Pará