Uma grande operação do Governo Federal começou nesta sexta-feira (2) para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do Pará. A ação reúne mais de 20 órgãos públicos e tem como metas retirar os invasores, destruir equipamentos usados no garimpo e identificar quem financia a atividade criminosa.
A Terra Indígena Kayapó é uma das mais afetadas pelo garimpo no Brasil. Homologada em 1991, ela ocupa uma área de 3,2 milhões de hectares e abrange os municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach. Até agora, o garimpo já destruiu cerca de 274 hectares de floresta nativa o equivalente a 253 campos de futebol.
A operação inclui fiscalização por terra e por ar, destruição de máquinas ilegais e ações para impedir o retorno dos invasores. Segundo o secretário nacional de Direitos Territoriais dos Povos Indígenas, Marcos Kaingang, o garimpo traz não só prejuízos ambientais, mas também sociais e culturais. “Além do desmatamento e da poluição dos rios, surgem problemas como o uso de drogas, alcoolismo e violência, inclusive contra mulheres”, explicou.
Participam da força-tarefa órgãos como a Casa Civil, o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério da Defesa, a Polícia Federal, a Funai e o Ibama.
Foto: Divulgação Governo Federal