quinta-feira, novembro 21, 2024
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Governo do Estado abre espaço e amplia visibilidade de escritores paraenses

A produção literária no Pará conta com o apoio do governo do Estado. Somente no espaço “Ponto do Autor”, estande na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que ocorreu de 17 a 25 de agosto, no Hangar – Centro de Convenções, em Belém, houve lançamento e relançamento de mais de 150 livros de escritores paraenses ou residentes no Estado há mais de dois anos. O objetivo é dar visibilidade às obras, com a oportunidade de promover interação entre autores e leitores. A última edição da Feira do Livro bateu recorde de autores do interior do Pará.

“Temos buscado fomentar os saberes e práticas culturais de forma democrática e descentralizada, e isto inclui o compromisso com a política de incentivo ao livro e à leitura. Este ano estiveram presentes na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes escritores de mais de 14 municípios. E o dado que mais nos entusiasma: foram 87 mil livros de autores paraenses vendidos no Ponto do Autor e no estande do Escritor Paraense. Eles ainda participaram de saraus, debates e papos literários”, ressalta a titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Úrsula Vidal.

A escritora, compositora e palhaça Marcia Duailibe Forte divulgou, durante o evento literário, seus três livros. “Amei participar da Feira, não só expondo meus livros, como também prestigiando outros autores, ouvindo histórias de cada um, conhecendo seus trabalhos e fazendo contatos para futuras parcerias. Meu primeiro livro ‘Os três porquinhos e o lobo esportista’ recebeu a chancela do Ministério da Educação, entrando para o Programa Nacional do Livro Didático. Isso me deixou muito orgulhosa. Logo depois, lancei ‘Nas entrelinhas do Hino Nacional’, e agora estou com mais um trabalho ‘Belém – uma cidade amazônica’. Tive um ótimo retorno com a interação proporcionada com os leitores”, destaca a autora.

Valorização – A advogada Joseane de Leão ressaltou a importância da iniciativa estadual ao visitar a Feira. “Fiquei impressionada com a quantidade de escritores, muito talentosos, com obras originárias, aqui do Pará. Acho importante valorizar o trabalho de autores regionais, dando a eles essa oportunidade de expor seus trabalhos. É uma maneira de nós, leitores, conhecermos mais da nossa literatura, dos temas locais que inspiram os nossos escritores. Isso tudo é muito maravilhoso. Eu garanti os meus exemplares”, conta.

Os homenageados da Feira – a mestra de Cultura Popular Iracema Oliveira e o escritor Juraci Siqueira – tiveram suas obras esgotadas. Outros dois livros bem vendidos foram: “Geopolítica do Narcotráfico na Amazônia”, escrito por Aiala Colares Oliveira Couto, e “Os desertos”, do poeta Marcos Samuel.

Lei Aldir Blanc – Com o objetivo de auxiliar trabalhadores do setor cultural e incentivar espaços culturais no País no período de isolamento social, ocasionado pela pandemia da Covid-19, foi criada a Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural. Recentemente, a Secult lançou novos editais para redistribuir recursos remanescentes, totalizando R$ 3,9 milhões, contemplando 130 propostas. Além disso, a Secretaria estendeu os benefícios da Lei para incluir suplentes em nove editais, destinando mais R$ 8,32 milhões em recursos de fomento.

A escritora Zenilde Soares publicou quatro livros com patrocínio da Lei – “Poemas de Amores”, Memórias do Silêncio” e “Parto de Gêmeos”, prosa e poesia, e o romance “Eu, o Outro e os Outros”. A autora divulgou as obras na programação da Feira Pan-Amazônica. “O espaço é uma janela para os escritores que estão se lançando, ou que já têm experiência. Eu acho muito boa a interação com os leitores. Para nós, escritores paraenses, é uma vitrine. É maravilhoso esse reconhecimento”, afirma.

Fonte: Agência Pará/Foto: Bruno Cecim/Ag Pará

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