quinta-feira, setembro 19, 2024
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González diz que saiu de Caracas em meio a coerções e ameaças

O ex-candidato à Presidência da Venezuela e verdadeiro vencedor das eleições de acordo com atas divulgadas pela oposição, Edmundo González disse, após chegar ao exílio em Madri, que sua saída de Caracas esteve “rodeada de episódios de pressão, coerções e ameaças”.

– Confio que em breve continuaremos a luta para alcançar a liberdade e a recuperação da democracia na Venezuela – concluiu o político.

González desembarcou na Espanha neste domingo (8), dias após receber uma ordem de prisão na Venezuela. Ele é considerado por muitos o verdadeiro ganhador das eleições no país, quando seu opositor, Nicolás Maduro, foi declarado presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo chavista.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, se reunirá nos próximos dias com Urrutia, segundo informaram nesta segunda-feira (9) fontes do Executivo espanhol. González terá um encontro com Sánchez assim que for possível, uma vez que o líder espanhol se encontra em viagem oficial à China, disseram as fontes.

O ministro das Relações espanhol, José Manuel Albares, confirmou que González receberá asilo na Espanha, solicitado pelo próprio opositor, e garantiu que o governo “não aceitou nenhuma exigência nem houve qualquer negociação” com o governo venezuelano para facilitar sua saída do país.

Segundo Albares explicou em entrevistas à emissora de rádio Onda Cero e ao canal de televisão Telecinco, só houve “contatos operacionais” para que González pudesse deixar a Venezuela.

A ministra da Defesa, Margarita Robles, também negou hoje “categoricamente” que tenha havido qualquer tipo de negociação e referiu-se a “questões puramente técnicas” para as autorizações de voo do avião da Força Aérea espanhola que levou o líder opositor a Madri neste domingo.

Essas questões técnicas, segundo Robles, referiam-se especificamente à concessão de permissão de voo e autorização para chegar ao Aeroporto de Caracas para buscar González Urrutia.

O antichavista pediu asilo na Espanha, porque na Venezuela sofre perseguições políticas e judiciais. Ele chegou a ter um mandado de detenção emitido contra ele por ter divulgado atas eleitorais que comprovariam sua vitória nas eleições de 28 de julho.

González Urrutia ficou escondido durante um mês, até o dia 5 de setembro, na embaixada da Holanda em Caracas, até se deslocar para a da Espanha, onde permaneceu até este sábado (7), quando partiu para Madri.

*Com informações da AE e EFE

Fonte: Pleno News Foto: EFE/ Henry Chirinos

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