O Pará tem dado passos concretos na adoção de tecnologia sustentável dentro da administração pública, com iniciativas que visam tanto reduzir os gastos operacionais quanto diminuir a emissão de gases de efeito estufa pelos prédios e serviços do governo.
Uma das ações mais impactantes é o programa Energia Limpa, lançado pelo governador Helder Barbalho. A meta é ambiciosa: até 2025, todos os órgãos públicos estaduais do Pará devem contar com energia solar, reduzindo a dependência de fontes fósseis ou de energia elétrica convencional vindas de redes com uso significativo de geradores ou usinas baseadas em combustíveis fósseis.
A primeira usina solar do Estado foi instalada no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, que será responsável por abastecer mais de 100 prédios públicos. Estes prédios incluem repartições administrativas, centros de atendimento, laboratórios e unidades de saúde. O governo estima que, com esta ação, poderá economizar mais de R$ 140 milhões por ano em conta de energia elétrica, valor que poderá ser redirecionado para outras demandas públicas.

Além disso, no setor de saúde, seis unidades públicas estaduais aderiram ao consumo de energia limpa (fontes solar e eólica) e já registraram queda de 39% nos custos de energia após a implementação dessas fontes sustentáveis. A medida não só economiza dinheiro, mas também reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa dessas unidades.
Outra tecnologia que vem colaborando para reduzir o uso de recursos e os impactos ambientais é o Processo Administrativo Eletrônico (PAE). Criado pela Prodepa (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado), o sistema permite que processos oficiais circulem digitalmente, reduzindo material de papel, transporte de documentos e dependência de espaços físicos para arquivos. Isso representa economia de insumos, redução de deslocamentos e diminuição das emissões associadas.
Também merece destaque o uso da plataforma digital chamada Módulo de Inteligência Territorial (MIT), criada pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Essa ferramenta integra dados socioambientais, fundiários e de produção, permitindo ao governo identificar onde há mais necessidade de investimento ambiental, onde alocar ações de restauração, monitorar reservas legais, e fazer planejamento territorial com embasamento técnico. Esse tipo de gestão contribui para evitar desperdícios, combate ao desmatamento ilegal e queda de emissões associadas ao uso desordenado do solo.
No balanço geral, essas iniciativas do Pará fazem parte de uma estratégia mais ampla de combate às mudanças climáticas, que inclui o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), projeto “Descarboniza Pará” com financiamento internacional, ações de desmatamento zero, restauração florestal, crédito de carbono e incentivos à bioeconomia.
Imagem: Agência Pará